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23 julho 2024

Kamala Harris se recusa a presidir reunião no Congresso durante visita do premier de Israel, Benjamin Netanyahu

Segundo a assessoria, a vice-presidente não poderá faltar a um evento agendado previamente em Indianápolis


The New York Times

Washington D.C. - A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, recusou-se a presidir a reunião conjunta no Congresso, nesta quarta-feira, em que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, deve discursar. Com essas decisão, Harris, que obteve na segunda-feira o apoio de delegados democratas para ser a candidata presidencial do partido, no lugar de Joe Biden, ficará longe de um evento que provavelmente destacará as profundas divisões entre os democratas, sobre a condução da guerra com o Hamas.

Vista do Capitólio, o prédio do Congresso dos EUA — Foto: Kenny Holston/The New York Times

Um assessor de Harris disse que sua ausência não deve ser interpretada como uma mudança em seu compromisso com a segurança de Israel, mas apenas um conflito com um evento previamente agendado, em Indianápolis. Ela deve falar em uma convenção da Zeta Phi Beta Sorority Inc., uma das mais antigas irmandades negras do país, e se reunirá com Netanyahu esta semana, na Casa Branca, disse o assessor.

Normalmente, o vice-presidente, como presidente do Senado, senta-se na tribuna da Câmara, ao lado do presidente da Câmara, durante reuniões conjuntas para receber um líder estrangeiro, aparecendo logo atrás do dignitário visitante, em uma demonstração tácita de apoio e boas-vindas. Mas esta semana os democratas estão se voltando para o senador Benjamin Cardin, de Maryland, que preside o Comitê de Relações Exteriores, para se sentar ao lado do presidente Mike Johnson e atrás de Netanyahu, de acordo com duas pessoas familiarizadas com os planos, que falaram sobre eles sob condição de anonimato.

Cardin, que está se aposentando do Congresso, é fortemente pró-Israel e permaneceu firme no apoio ao Estado judeu, mesmo quando o governo Biden e muitos democratas no Congresso entraram em conflito aberto com Netanyahu sobre suas políticas e táticas na guerra contra o Hamas.

A senadora Patty Murray, democrata de Washington e presidente "pro tempore", que é a terceira na linha de sucessão à presidência, também foi convidada para presidir o lugar de Harris, mas recusou igualmente.

Outros democratas disseram que planejam boicotar o discurso, em protesto contra as políticas de Netanyahu e a condução da guerra por Israel.

O senador Chuck Schumer, democrata de Nova York e líder da maioria, não foi visto como uma alternativa apropriada. Ele fez um discurso, no início deste ano, classificando Netanyahu como um grande obstáculo à paz no Oriente Médio e pedindo eleições para substituí-lo quando a guerra acabar.

O governo Biden entrou em conflito com Netanyahu por causa dos bombardeios de Israel a Gaza, do fracasso em garantir a entrega de ajuda aos civis palestinos e da aparente falta de um plano de governança após a guerra.

Netanyahu foi convidado a discursar no Congresso por líderes de ambos os partidos. Mas foi Johnson quem pressionou para organizar o discurso, procurando abraçar Netanyahu mais de perto, enquanto alguns democratas, particularmente progressistas, o repudiavam e condenavam suas táticas na guerra, que causaram dezenas de milhares de vítimas civis em Gaza e um desastre humanitário para os 2,2 milhões de palestinos no enclave.

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