Israel mata 160 jornalistas em menos de dez meses, na Faixa de Gaza

Ao menos 160 jornalistas foram mortos por Israel em Gaza desde o início da campanha genocida contra o enclave palestino em outubro último, reportou nesta terça-feira (16) o gabinete de comunicação do governo local.


Monitor do Oriente Médio

A morte mais recente foi de Mohammad Meshmesh, diretor de programação da Rádio Voz de Al-Aqsa.

Protesto reúne coletes de imprensa manchados de sangue em memória dos jornalistas mortos por Israel em Gaza, em Washington, D.C., nos Estados Unidos, em 27 de abril de 2024 [Mostafa Bassim/Anadolu via Getty Images]

Em nota, confirmou a assessoria: “O número de jornalistas mortos subiu a 160 desde o começo da guerra genocida contra a Faixa de Gaza, após o falecimento de nosso colega Mohammad Abdullah Meshmesh, diretor da Rádio Voz de Al-Aqsa”.

Meshmesh foi morto em um massacre conduzido por Israel contra a escola al-Razi, no campo de refugiados de Nuseirat, no centro do enclave. Outras 23 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas.

Israel ignora medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) e resoluções de cessar-fogo do Conselho de Segurança das Nações Unidas ao manter suas operações indiscriminadas contra Gaza desde 7 de outubro.

O Estado israelense é réu por genocídio no tribunal em Haia, sob denúncia sul-africana, deferida em janeiro. Entre as medidas desacatadas, está a suspensão de sua campanha em Rafah, no extremo sul de Gaza, que abriga hoje até 1.5 milhão de palestinos.

No total, ao menos 38.700 palestinos foram mortos, em maioria, mulheres e crianças, além de 90 mil feridos e dois milhões de desabrigados.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.
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