Ação deixou 71 mortos; diretor de mídia disse que alegação de Israel é para justificar mortes
Reuters
Um representante do Hamas refutou as alegações israelenses de que um ataque aéreo, que matou pelo menos 71 palestinos em uma zona humanitária em Gaza neste sábado (13), estava mirando líderes do grupo.
Diretor de mídia do Hamas diz que nenhum líder foi alvo em Khan Younis | REUTERS |
Israel disse que o ataque teve como alvo o chefe militar do Hamas, Mohammed Deif, e Rafa Salama, o comandante da Brigada de Khan Yunis do Hamas, descrevendo-os como dois dos idealizadores do ataque de 7 de outubro que desencadeou a guerra de nove meses em Gaza.
O Hamas disse que essas alegações são falsas e visam justificar o ataque.
“A verdade é que essas alegações são uma tentativa de encobrir a escala do crime e a escala do massacre, a fim de tentar justificar tal massacre, mesmo que atingir esse número de pessoas deslocadas não seja justificado por nada” Ezzat Al Racheq, integrante do escritório político do Hamas e representante da mídia do grupo, disse à Reuters em Doha.
Deif sobreviveu a sete tentativas de assassinato israelense, a mais recente em 2021 e liderou a lista de mais procurados de Israel por décadas, responsabilizados pela morte de dezenas de israelenses em atentados suicidas.
O Ministério da Saúde de Gaza disse que pelo menos 71 palestinos foram mortos no ataque e 289 estão feridos, o número mais mortal em semanas.