Onze pessoas, incluindo crianças, foram mortas em um ataque de foguetes contra um campo de futebol nas Colinas de Golã ocupadas por Israel neste sábado, disse o serviço de ambulância de Israel.
Por Maayan Lubell, Maya Gebeily e Laila Bassam | Reuters
JERUSALÉM/BEIRUTE - Israel acusa o Hezbollah do ataque, mas o grupo libanês nega envolvimento.
Ataque nas Colinas de Golã 27/7/2024 REUTERS/Ammar Awad |
Os militares de Israel disseram que estavam preparando uma resposta ao ataque de foguete, o mais mortal em Israel ou em território anexado por Israel desde o início do conflito em Gaza.
O Hezbollah, que tem apoio do Irã, e Israel têm trocado disparos em áreas próximas da fronteira libanesa-israelense, num conflito que provocou receios de uma guerra entre os adversários fortemente armados.
O serviço de ambulância israelense disse que mais 13 pessoas ficaram feridas por um foguete disparado do Líbano que atingiu um campo de futebol na vila drusa de Majdal Shams.
"Testemunhamos uma grande destruição quando chegamos ao campo de futebol, assim como vimos coisas em chamas. Havia vítimas na grama e o cenário era horrível", afirmou Idan Avshalom, médico do serviço de ambulâncias Magen David Adom.
Uma testemunha que pediu para não ser identificada disse à Reuters: "O foguete caiu no campo de futebol, todos são crianças... muitos corpos e restos mortais estão no campo, não sabemos quem são".
O ataque ocorreu após uma incursão israelense a Kfarkila, no sul do Líbano, que matou quatro militantes no sábado. Duas fontes de segurança no Líbano disseram que os quatro combatentes mortos eram membros de diferentes grupos armados, com pelo menos um deles pertencente ao Hezbollah.
Os militares israelenses disseram que a aeronave tinha como alvo uma estrutura militar pertencente ao Hezbollah, após identificar uma célula militante entrando no prédio.
Pelo menos 30 foguetes foram disparados do Líbano através da fronteira, disseram os militares.