Cidadãos drusos protestaram contra a presença de ministros israelenses no funeral de 12 vítimas de um ataque de foguetes nas colinas de Golã, território sírio ocupado por Israel, no último sábado (27).
Monitor do Oriente Médio
Israel vinculou um ataque que atingiu um campo de futebol na cidade drusa de Majdal Shams ao Hezbollah, apesar de negativas do grupo libanês.
Funeral para vítimas de um ataque de foguetes nas colinas de Golã, território ocupado da Síria, em 28 de julho de 2024 [Mostafa Alkharouf/Agência Anadolu] |
Vídeos divulgados pela imprensa israelense flagraram a insatisfação dos presentes pelo comparecimento de políticos extremistas, incluindo o ministro das Finanças e militante supremacista, Bezalel Smotrich.
“Vá embora daqui, seu criminoso”, gritou um manifestante a Smotrich. “Não queremos vocês aqui em Golã”.
Os ministros Idit Silman (Meio Ambiente), Nir Barkat (Economia) e Eli Cohen (Energia) enfrentaram protestos similares.
De acordo com o jornal em hebraico Yedioth Ahronoth, o Fórum de Autoridades Drusas enviou previamente uma carta aos ministros do governo ocupante para pedir que não comparecessem ao funeral.
“Não venham”, advertiu o fórum. “Dada a sensibilidade da situação, pedimos para não tornar esse massacre em um evento político. Exigimos um velório religioso e quieto, de acordo com as tradições drusas”.
Em comunicado no sábado, o Hezbollah libanês negou categoricamente as “alegações das redes de mídia do inimigo israelense sobre ataques à cidade de Majdal Shams nas colinas ocupadas de Golã”.
Hezbollah e Israel trocam disparos ao longo da fronteira há dez meses, no contexto do genocídio israelense na Faixa de Gaza sitiado, deixando ao menos 40 mil mortos, 90 mil feridos e dois milhões de desabrigados.
Há temores de propagação da guerra em escala regional.
As informações são agência de notícias Anadolu.