O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que visita Bruxelas nesta quinta-feira (27) para assinar um acordo de segurança com a União Europeia, considerou que o documento significa um passo em direção à “paz e à prosperidade” no continente.
RFI
A viagem do líder ucraniano à Bélgica ocorre dias depois da abertura das negociações formais para a adesão de Kiev à União Europeia, mais de dois anos após o início da invasão russa.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, falam à imprensa em Bruxelas, Bélgica, em 27 de junho de 2024. AP - Geert Vanden Wijngaert |
"Obrigado a todos os líderes da UE por este resultado histórico. Há muito tempo que esperávamos por isto. É muito importante para todos nós", disse Zelensky, referindo-se às negociações, na sua chegada a Bruxelas para participar da cúpula de chefes de Estado e de governo da UE.
“Hoje discutiremos com os líderes os próximos passos”, disse ele, enfatizando a necessidade de “defesas aéreas” face aos bombardeios da Rússia. “Precisamos disso urgentemente no campo de batalha”, insistiu à imprensa, após apertar a mão do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
“Temos a oportunidade de assinar um acordo bilateral de segurança adicional com a Ucrânia”, confirmou Michel. “Isto é muito importante para que possamos enviar a mensagem de que pretendemos apoiar a Ucrânia durante o tempo que for necessário”, acrescentou.
“Assinaremos três acordos de segurança, incluindo um com toda a União Europeia”, anunciou Volodymyr Zelensky anteriormente na sua conta X.
“Pela primeira vez, este acordo vai contemplar o compromisso de todos os 27 Estados-membros em fornecer um apoio significativo à Ucrânia, independentemente de qualquer mudança institucional interna”, sublinhou.
A Ucrânia, para a qual o apoio ocidental é essencial, procura manter esta ajuda.
“Cada passo dado nos aproxima do nosso objetivo histórico de paz e prosperidade na nossa casa europeia comum”, saudou o presidente ucraniano.
A Ucrânia já assinou 17 acordos bilaterais de segurança semelhantes, incluindo com os Estados Unidos, França, Alemanha, Grã-Bretanha e Japão.
Estes são compromissos assumidos por países aliados para fornecer ajuda militar, financeira, humanitária e política.
(Com AFP)