Uma retaliação provocada por um ataque a gado neste mês matou pelo menos 17 pessoas no norte do Sudão do Sul e forçou trabalhadores do setor petrolífero a se retirarem do campo de Toma South, disse uma autoridade local nesta segunda-feira.
Reuters
NAIRÓBI - Ataques ao gado relacionados à disputa por recursos escassos é um dos principais gatilhos de conflitos entre grupos étnicos no Sudão do Sul, que está repleto de armas após décadas de guerras.
Os conflitos começaram no sábado em um vilarejo de Khat Elnar, na Área Administrativa de Ruweng, onde autoridades do governo estavam tentando resolver questões sobre um ataque anterior ao gado, disse James Arop Ayuel, porta-voz do governo local.
A violência se estendeu aos campos de petróleo de Toma South, que são administrados pela Greater Pioneer Operating Company (GPOC), onde uma instalação foi atacada e saqueada, disse Ayuel.
“Pedimos que o governo do Sudão do Sul traga forças para proteger os campos de petróleo porque esta é uma questão nacional”, afirmou Ayuel.
“Eles foram e saquearam as instalações dos campos de petróleo. Até agora, enquanto estou falando, nesta manhã, me disseram que eles vieram de noite e saquearam o complexo novamente”, disse.
Os agressores fortemente armados vieram do Condado de Rubkona, no vizinho Estado de Unity, para recuperar gado roubado por jovens da Área Administrativa Ruweng, segundo Ayuel.
Gado é o indicador mais importante de riqueza e status no Sudão do Sul e são geralmente dados como dotes às famílias das mulheres, entre menos de 10 a várias centenas.