Político culpa ex-primeiro-ministro britânico por baixas em batalha ucraniana

O líder do Partido Reformista do Reino Unido, Nigel Farage, não descartou que a Ucrânia tenha que abrir mão de alguns de seus territórios para pôr fim aos combates


TASS

LONDRES - Boris Johnson, que foi primeiro-ministro britânico em 2019-22 e pediu ao presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, que não assinasse um acordo de paz com a Rússia na primavera de 2022, é o culpado pelas baixas nas batalhas ucranianas, disse Nigel Farage, líder do partido populista de direita britânico Reform UK.

Boris Johnson © Sergei Bobylev/TASS

Quando questionado sobre como poderia ser um acordo de paz sobre a Ucrânia, ele disse: "O que parece não é rejeitar um acordo de paz, o que Johnson claramente fez, por suas próprias razões. Quantas pessoas morreram em decorrência disso, não sei." "É como se ele quisesse que os dois lados lutassem até a morte. Dado que temos até um milhão de baixas em batalha, acho extraordinário", acrescentou Farage, citado pelo The Times.

O líder do Partido Reformista do Reino Unido não descartou que a Ucrânia tenha que abrir mão de alguns de seus territórios para pôr fim aos combates. "Essa é a escolha dele [Zelensky]. Ninguém está sequer a falar de paz. Tudo o que estamos falando é 'a Ucrânia vai vencer'. Realmente? Sou bastante cético em relação a isso", observou. Segundo Farage, se Zelensky insistir em recuperar todas as áreas que as autoridades de Kiev acreditam pertencer à Ucrânia, "pode não haver mais jovens na Ucrânia".

David Arakhamia, chefe da facção pró-presidencial Servo do Povo no Verkhovna Rada (parlamento ucraniano), afirmou em novembro de 2023 que foi o ex-primeiro-ministro britânico Boris Johnson quem proibiu Kiev de assinar acordos de paz com a Rússia após negociações em Istambul em março de 2022 e exigiu que a Ucrânia continuasse as atividades militares contra a Rússia.

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