Grupo apoiado pelo Irã, que controla as partes mais populosas do Iêmen, deteve funcionários de organizações da ONU e dos Estados Unidos no país na sexta-feira (7)
Reuters
Os Houthis do Iêmen disseram, nesta segunda-feira (10), que prenderam uma “rede de espionagem americano-israelense”, poucos dias depois do grupo ter detido cerca de 11 de funcionários das Nações Unidas no país.
Houthis do Iêmen dizem que prenderam uma 'rede de espionagem americano-israelense' | HOUTHI MEDIA CENTER |
De acordo com um comunicado televisivo de Abdel Hakim Al Khaiwani, chefe da inteligência dos Houthis, a suposta rede incluía ex-funcionários da embaixada dos Estados Unidos no Iêmen e recolheu informações relacionadas com aspectos de segurança, militares, econômicos e políticos do país.
Autoridades do governo israelense não fizeram comentários imediatos e a ONU se recusou a comentar as alegações.
O Departamento de Estado dos EUA não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
O porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, disse que a agência está trabalhando para garantir a libertação de seus 11 funcionários detidos que trabalham para cinco agências diferentes e para o enviado das Nações Unidas para o Iêmen.
Os Houthis, grupo apoiado pelo Irã, atacaram navegações no Mar Vermelho, no que consideram serem atos de solidariedade com os palestinos em guerra em Gaza. As ofensivas atraiam ataques aéreos dos Estados Unidos e do Reino Unido.
O grupo islâmico deteve cerca de 20 funcionários iemenitas da embaixada dos EUA na capital Sanaa nos últimos três anos. A embaixada suspendeu as operações em 2014.