O programa de mísseis balísticos intercontinentais (ICBM) LGM-35A Sentinel do Pentágono está sendo escrutinado pelos parlamentares dos EUA devido aos custos excessivos e falta de alternativas.
Sputnik
Legisladores dos EUA estão pressionando a Força Aérea do país para explicar os altos custos no programa, destinado a substituir o míssil balístico nuclear Minuteman.
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Os congressistas querem respostas relativamente ao programa, que deve substituir 400 mísseis balísticos intercontinentais Minuteman III terrestres implantados nos EUA por futuros ICBM Sentinel, projetados pela corporação Northrop Grumman.
"Queremos que o Congresso faça o seu trabalho, mas a evidência é clara: ele não teve no passado e não parece agora estar pronto para fazer o seu trabalho de responsabilizar o Pentágono e fazer as perguntas difíceis", disse o congressista John Garamendi, co-presidente do Grupo de Trabalho sobre Armas Nucleares e Controle de Armas, disse à mídia na semana passada.
Em 2015 estava previsto que o programa Sentinel custasse US$ 62,3 bilhões (R$ 332,8 bilhões), incluindo US$ 48,5 bilhões para os mísseis, US$ 6,9 bilhões para sistemas de comando e controle e US$ 6,9 bilhões para renovar os centros de controle de lançamento e silos de mísseis.
"Queremos que o Congresso faça o seu trabalho, mas a evidência é clara: ele não teve no passado e não parece agora estar pronto para fazer o seu trabalho de responsabilizar o Pentágono e fazer as perguntas difíceis", disse o congressista John Garamendi, co-presidente do Grupo de Trabalho sobre Armas Nucleares e Controle de Armas, disse à mídia na semana passada.
Em 2015 estava previsto que o programa Sentinel custasse US$ 62,3 bilhões (R$ 332,8 bilhões), incluindo US$ 48,5 bilhões para os mísseis, US$ 6,9 bilhões para sistemas de comando e controle e US$ 6,9 bilhões para renovar os centros de controle de lançamento e silos de mísseis.
Em 2020, quando o contrato foi concedido à Northrop Grumman, o preço do projeto subiu para US$ 96 bilhões (R$ 512,8 bilhões). Até o momento, aumentou para US$ 131 bilhões (R$ 699,8 bilhões) ou 37% mais do que a estimativa anterior.
O Departamento de Defesa deve informar o Congresso sobre o assunto até 9 de julho. O secretário de Defesa Lloyd Austin pode ter que voltar a certificar o programa para evitar que ele seja cancelado.
De acordo com o portal Defense One, quase não há dúvidas de que Austin vai pedir nova certificação do programa Sentinel, independentemente dos custos adicionais. No entanto, o congressista Garamendi sinalizou que ele e outros legisladores dos EUA vão submeter o projeto a uma análise detalhada durante uma audiência em 24 de julho.
É provável que o grupo de trabalho sobre armas nucleares do Congresso se concentre não apenas nos custos exorbitantes dos ICMBs, mas também nas preocupações de que o Pentágono não tenha feito uma avaliação adequada das alternativas para o programa Sentinel.
Falando à imprensa estrangeira na passada quarta-feira (5), o presidente russo Vladimir Putin chamou a atenção para o fato de que grandes orçamentos militares não se traduzem necessariamente em sistemas de armas bem-sucedidos.