O principal general dos Estados Unidos está em uma rara viagem à África para discutir maneiras de preservar parte da presença dos EUA na África Ocidental, após o Níger decidir expulsar o Exército norte-americano a favor de uma parceria com a Rússia, o que foi um enorme revés para Washington.
Por Phil Stewart | Reuters
GABORONE, Botswana - O general da Força Aérea C.Q. Brown, presidente do Estado-Maior Conjunto, disse a repórteres antes de aterrissar em Botswana nesta segunda-feira, para uma reunião de chefes de defesa africanos, que conversará com vários parceiros na região.
General da Força Aérea C.Q. Brown, presidente do Estado-Maior Conjunto dos EUA 29/09/2023 REUTERS/Evelyn Hockstein |
“Eu vejo algumas oportunidades. E há países com os quais já estamos trabalhando na África Ocidental”, disse Brown a repórteres que viajavam com ele.
Ampliar esses relacionamentos pode “ser uma oportunidade de colocarmos algumas das capacidades que tínhamos em Níger em outros locais”, acrescentou.
Brown se recusou a dizer quais países estão sendo considerados. Mas uma autoridade norte-americana disse à Reuters que o governo do presidente Joe Biden teve conversas iniciais com países como Benin, Costa do Marfim e Gana.
Ainda assim, o Exército dos EUA não deve conseguir replicar sua forte presença antiterrorista em Níger em um futuro próximo. Especificamente, sua expulsão significa perder a Base Aérea 201, que os EUA construiu perto de Agadez, na região central de Níger, com custo superior a 100 milhões de dólares.
Até o golpe militar em Níger no ano passado, a base foi fundamental para a luta de EUA e Níger contra insurgentes que mataram milhares de pessoas e deixaram milhões de desabrigados.
Uma segunda autoridade dos EUA, também falando sob condição de anonimato, disse que não espera outra grande base dos EUA ou uma realocação completa das tropas norte-americanas de Níger em outro local.
(Reportagem adicional de Idrees Ali em Washington e David Lewis em Nairobi)