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15 junho 2024

Argentina mira navios de assalto anfíbios, navios de desembarque de tanques

Em entrevista ao Pucará Defensa, o Contra-Almirante Carlos María Allievi, Chefe do Estado-Maior da Marinha Argentina, confirmou que a Marinha Argentina está considerando a aquisição de Docas de Plataforma de Desembarque (LPDs) e Tanques de Navios de Desembarque (LSTs).


Por George Allison | UK Defense Journal

O Contra-Almirante Allievi destacou o interesse da Marinha em dois projetos LPD específicos: a classe Makassar e o design VARD 7 313.


Essas embarcações são vistas como componentes críticos no aprimoramento das capacidades operacionais da Marinha Argentina, particularmente em operações anfíbias e cenários de resposta a desastres.

Allievi observou: "Temos pensado em um LPD, pode ser a classe Makassar ou o 7313 da Fincantieri, que pode transportar até 8 helicópteros leves ou médios, uma grande capacidade de transporte aéreo, que em caso de catástrofe, se o acesso terrestre ou aeroportos forem colapsados, como aconteceu no sul do Brasil, permite o apoio direto nas áreas afetadas".

A entrevista também lançou luz sobre o contexto mais amplo em que essas aquisições estão sendo consideradas. A Marinha Argentina enfrenta desafios significativos relacionados ao envelhecimento de seus ativos operacionais, com a idade média de sua frota acima de 40 anos. Isso inclui a necessidade de modernização em todos os componentes da Marinha, como a Aviação Naval, o Corpo de Fuzileiros Navais e a Força de Submarinos.

Discutindo as capacidades anfíbias, o Contra-Almirante Allievi explicou a necessidade de LPDs e LSTs. O LST, semelhante ao ARA Cabo San Antonio usado na Guerra das Malvinas, é crucial para desembarques diretos na praia. Em contrapartida, o LPD é muito maior e capaz de transportar mais helicópteros e equipamentos, fornecendo apoio logístico e operacional significativo.

Allievi elaborou: "Na Marinha, a idade média dos nossos ativos operacionais é superior a 40 anos. Embora estejam em serviço hoje, a grande maioria tem tecnologia que remonta às décadas de 1970 ou 1960. Isso vale para todos os componentes do poder naval integrado, que são a Aviação Naval, o Corpo de Fuzileiros Navais, a Força de Submarinos e a Marinha. Temos que pensar em uma renovação que devemos ter a médio ou longo prazo. Tudo o que é construção ou desenvolvimento naval envolve um processo de engenharia e projeto de pelo menos sete anos."

A entrevista também abordou a importância do treinamento e da manutenção para garantir a prontidão operacional. A Marinha está buscando ativamente maneiras de adquirir submarinos usados para treinar pessoal e manter as capacidades operacionais.

Allievi declarou: "Estamos analisando se alguma potência europeia tem algum programa para descontinuar submarinos e se podemos sentar e negociar. Uma marinha que tem um submarino operacional não o vende; ele opera até que seja colocado na reserva, quando já tem um submarino substituto na pista."

O Contra-Almirante Allievi destacou a importância estratégica do Atlântico Sul, não apenas por seus recursos e rotas marítimas, mas também por sua crescente relevância na segurança marítima global. A Marinha argentina, disse ele, está comprometida em manter uma forte presença na região, o que inclui patrulhas e colaborações internacionais para salvaguardar os interesses nacionais.

"Nossa principal missão é na área marítima do Atlântico Sul. Dentro desse Atlântico Sul vemos que há novos protagonistas, novos desafios. Esses novos protagonistas querem maior participação ou influência nas decisões tomadas em uma área que historicamente não teve grande relevância. O Atlântico Sul, com esses novos desafios, assume uma importância muito mais relevante", explicou.

O interesse da Marinha Argentina em LPDs e LSTs faz parte de uma estratégia mais ampla para modernizar e aprimorar suas capacidades operacionais.

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