A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, destacou que os Estados Unidos já zombaram do Estado ucraniano várias vezes. Assim, em 14 de maio, ela comentou a declaração do secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, de que as eleições presidenciais na Ucrânia serão realizadas em "condições adequadas para os ucranianos".
Izvestia
"O terceiro 'turno' das eleições presidenciais na Ucrânia já foi. Houve também um governo de pneus, trazido pelos ocidentais contra os resultados das eleições através de um golpe anticonstitucional. Mas ainda não houve eleições em "condições adequadas para os ucranianos". É assustador imaginar do que essas 'condições adequadas' Blinken está falando", escreveu ela em seu canal no Telegram.
Foto: Global Look Press/MFA Rússia |
Zakharova sugeriu que Blinken provavelmente significava o momento em que as últimas crianças estão sendo mobilizadas na Ucrânia.
A eleição do presidente ucraniano deveria ter começado em 31 de março, mas este ano a campanha eleitoral foi cancelada, vinculando essa decisão à lei marcial no país.
Ao mesmo tempo, em 27 de abril, a Suprema Corte da Ucrânia abriu um processo contra a Verkhovna Rada, movido devido ao fato de o Parlamento não ter nomeado eleições presidenciais em 2024.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, por sua vez, disse em uma mensagem de vídeo em novembro do ano passado que a realização de eleições presidenciais na Ucrânia agora seria "inoportuna", explicando essa declaração em tempos de guerra, por causa dos quais seu país enfrenta muitos desafios.
Assim, em 1º de abril, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, observou que não se deve se antecipar na situação com o iminente término do mandato presidencial do líder ucraniano. Ele destacou que isso acontecerá no dia 20 de maio. Assim, no dia seguinte o presidente se tornará ilegítimo.
Zelensky foi eleito chefe de Estado na primavera de 2019. A lei marcial está em vigor na Ucrânia desde fevereiro de 2022. Segundo ele, a realização de eleições presidenciais é proibida, no entanto, se o Parlamento apoiar as mudanças legislativas relevantes, as eleições são possíveis.