Com 333 metros de comprimento, ele é um dos 10 porta-aviões americanos da classe Nimitz - a maior que existia até o lançamento do USS Gerald R. Ford, que inaugurou uma nova classe em 2017.
Por Carlos de Lannoy e João Ricardo Gonçalves | TV Globo e g1 Rio
O USS George Washington, o porta-aviões americano que chegou ao Rio de Janeiro nesta segunda-feira (20) para participar de exercícios no Brasil, tem dimensões e atributos que o colocam em uma categoria de equipamentos militares com pouquíssimos equivalentes no mundo.
USS George Washington — Foto: Reprodução/TV Globo |
Tamanho e propulsão
A embarcação possui o equivalente ao tamanho do edifício Chrysler em Nova York, terceiro mais alto da cidade norte-americana, com 77 andares. O porta-aviões também tem 60 metros a mais do que o triplo do comprimento mínimo de um campo de futebol (90m) e é equipado com dois reatores nucleares, motores a diesel e turbinas a vapor. Estima-se que os reatores possam ficar 20 anos sem reabastecer.
Capacidade
A embarcação tem capacidade para transportar seis mil pessoas e 90 aeronaves, incluindo aviões e helicópteros, segundo a Embaixada dos Estados Unidos.
Geralmente, a embarcação se desloca escoltada por outros navios.
Estrelas do 'deck'
O USS George Washington já esteve outras vezes no Brasil - a última visita foi em 2015. A plataforma desta vez vai levar aeronaves avançadas, como os caças Boeing F/A-18F Super Hornet e Lockheed Martin F-35C Lightning II. A presença do F-35C é especialmente significativa, representando a primeira vez que um caça "stealth" de 5ª geração voará o espaço aéreo brasileiro. Essa categoria de aviões tem como característica uma tecnologia que evita a detecção por alguns tipos de radar.
Nomes de presidentes
Além do George Washington, a Marinha dos EUA tem mais 9 porta-aviões da classe Nimitz. Desses, 7 foram batizados com nomes de presidentes americanos, assim como o George Washington.
Reforma
Entre 2017 e 2023, o navio passou por reabastecimento e reformas no estaleiro de Newport News, no estado americano de Virginia, segundo reportagem da NBC News.
Motivo da vinda
Segundo a Embaixada dos EUA, a passagem do porta-aviões pelo Brasil é parte do exercício Southern Seas 2024 das Forças Navais do Comando Sul dos EUA/4ª Frota nos próximos meses. Esse exercício contará com intercâmbios de especialistas e compromissos agendados com Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Peru e Uruguai. Membros da Marinha brasileira estarão a bordo do navio como parte da equipe internacional.
No mesmo período, a general do Exército dos EUA e comandante do Comando Sul, Laura J. Richardson, estará no Brasil, liderando as operações do porta-aviões. Ela também deve se encontrar com autoridades e líderes brasileiros. Em São Paulo, a general participará de um painel de discussão sobre a integração de mulheres em missões de paz, defesa e segurança, enfatizando a importância da inclusão e da diversidade na segurança global.
Em comemoração aos 200 anos de relações diplomáticas entre o Brasil e os EUA, a operação Southern Seas 2024 serve como um testemunho da parceria de longa data entre os dois países. O exercício naval reflete o compromisso contínuo dos EUA e das nações parceiras em trabalhar juntos em prol da segurança coletiva, da paz e do desenvolvimento regional.
O império demonstrando sua força, seu poder, para as colônias. Fiquem longe da China!
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