Linha de montagem localizada nas dependências da Embraer fabricará 15 dos 36 jatos supersônicos encomendados pela Força Aérea Brasileira
Ricardo Meier | Airway
A Saab celebrou nesta quinta-feira, 9, o primeiro ano de funcionamento da linha de montagem do caça Gripen no Brasil. Em um curto texto postado no Facebook, a empresa sueca lembrou ser essa uma das etapas do programa de transferência estabelecido com a Força Aérea Brasileira (FAB) dentro do acordo de venda de 36 aeronaves.
Um dos 15 caças Gripen que estão sendo montados no Brasil (Saab) |
Após uma mudança contratual, a linha de montagem estabelecida nas dependências da Embraer em Gavião Peixoto ficou encarregada de realizar a montagem final de 15 caças monopostos Gripen E. Anteriormente, o Brasil ficaria incumbido de montar oito Gripen F, de dois assentos, mas eles serão finalizados na Suécia.
“A linha de produção, que é a única do Gripen E fora da Suécia e a primeira a produzir caças supersônicos na América Latina, é responsável pela fabricação de 15 unidades dos caças da Força Aérea Brasileira e poderá ainda atender quaisquer pedidos futuros para o Brasil ou região”, disse a postagem da Saab na rede social.
Aeronave em estágio semelhante ao visto na inauguração da fábrica
O post da empresa sueca trouxe uma imagem de um caça Gripen parcialmente montado, em um estágio levemente mais avançado do que a aeronave que estava no local há um ano, durante a cerimônia de inauguração.
Até o momento, a FAB recebeu sete F-39E, como são designados no país, e que operam a partir da Base Aérea de Anápolis, em Goiás. Há um oitavo Gripen (FAB 4100) que tem sido utilizado pela Saab e Embraer em testes.
Segundo a Saab, os primeiros caças Gripen brasileiros serão entregues a partir de 2025. Embora grande parte dos componentes ainda seja enviada da matriz na Suécia, há também fornecedores no Brasil, além de uma unidade de aerosestruturas da própria Saab.
A parceria entre a Saab e a Embraer visa estabelecer o Brasil como um potencial produtor dos caças Gripen para clientes na região. Um deles poderia ser a Colômbia, cuja força aérea está em busca de um substituto para os caças IAI Kfir.