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17 maio 2024

Rússia diz que EUA "brincam com fogo" em "guerra indireta" com Moscou

Um importante diplomata russo disse nesta sexta-feira que os Estados Unidos há muito tempo entraram em um estado de guerra indireta com Moscou e estão brincando com fogo em relação à Ucrânia, comportando-se de tal forma que a situação poderia ficar fora de controle.


Reuters

MOSCOU - Os comentários do vice-ministro das Relações Exteriores, Sergei Ryabkov, em uma entrevista à agência de notícias estatal TASS, refletem a crescente preocupação russa com o que Moscou considera uma perigosa escalada ocidental na Ucrânia, à medida que as forças russas avançam em vários lugares.

Vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, durante reunião em Novo-Ogaryovo, na região de Moscou 16/10/2023 Sputnik/Gavriil Grigorov/Pool via REUTERS

"Nós alertamos que eles estão brincando com fogo. Há muito tempo eles estão em um estado de guerra indireta com a Federação Russa", disse Ryabkov à TASS, referindo-se aos Estados Unidos.

"De alguma forma, eles não conseguem perceber que, para satisfazer suas próprias ideias geopolíticas, estão se aproximando de uma fase em que será muito difícil controlar o que está acontecendo e evitar uma crise dramática."

A Ucrânia e o Ocidente acusam a Rússia de travar uma guerra de agressão não provocada na Ucrânia com o objetivo de tomar terras. Moscou afirma que o que chama de "operação militar especial", lançada em fevereiro de 2022, é defensiva e tem como objetivo reforçar a segurança russa contra um Ocidente hostil.

A Rússia interpretou os comentários recentes de diplomatas ocidentais como uma mudança agressiva de posição e o Ministério da Defesa russo disse este mês que o presidente russo, Vladimir Putin, havia ordenado exercícios para ensaiar o uso de armas nucleares táticas no que as autoridades disseram ser uma resposta à retórica ocidental.

O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, David Cameron, durante uma visita a Kiev em 3 de maio, disse que a Ucrânia tem o direito de usar as armas fornecidas pelo Reino Unido para atingir alvos dentro da Rússia, e que cabia a Kiev decidir se o faria ou não.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, fez comentários semelhantes sobre as armas fornecidas pelos Estados Unidos durante uma visita a Kiev na quarta-feira, onde acusou Putin de "intensificar mais uma ofensiva contra a Ucrânia" no leste do país.

Blinken disse que Washington "não incentivou ou permitiu ataques fora da Ucrânia, mas, em última análise, a Ucrânia tem que tomar decisões por si mesma sobre como vai conduzir essa guerra".

A Ucrânia tem como alvo alvos militares e de energia em toda a Rússia, que está bombardeando alvos dentro da Ucrânia em ataques que mataram milhares de civis, para tentar degradar as capacidades militares de Moscou.

As medidas dos EUA e da União Europeia para analisar a possibilidade de usar os ativos russos congelados ou os lucros sobre eles para ajudar a Ucrânia também irritaram Moscou. A Rússia acusa Washington de tentar intimidar os países europeus para que tomem medidas mais radicais.

Ryabkov disse à TASS que Washington parecia não se dar conta dos graves riscos associados ao seu comportamento.

"Essa retórica, essa insistência, essa constante provocação de seus aliados para que ajudem ainda mais a Ucrânia, para que ampliem seu apoio, mostra apenas uma coisa: as pessoas estão vivendo, como elas mesmas dizem, 'em uma caixa'", disse ele.

"Esse é o grande risco da situação atual, porque é impossível chegar até eles (os norte-americanos)."

Ryabkov reclamou que o Ocidente adotou uma postura de incerteza estratégica e ambiguidade em relação à Rússia, tentando fazer com que seja difícil para Moscou prever como a a aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) reagirá em várias situações, inclusive com armas nucleares.

"A Rússia deixará de lado o tema das 'linhas vermelhas' e responderá ao Ocidente de forma espelhada", disse Ryabkov.

A diplomacia russa com o Ocidente está agora no modo de gerenciamento de crise e está focada em tentar garantir que as tensões não se transformassem em um conflito de grande escala, acrescentou.

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