Transferência de donativos entre navios ocorreu por meio de helicópteros em alto-mar
Por 1T (RM2-T) Thaís Cerqueira | Agência Marinha de Notícias
Em uma união de esforços, a Marinha do Brasil (MB) e a Marinha dos Estados Unidos (EUA) realizaram, hoje (27), uma operação típica de guerra em apoio à população do Rio Grande do Sul (RS). Coordenada pela MB, a ação envolveu a transferência de 15 toneladas de doações entre o Porta-Aviões Nuclear “George Washington” e o Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) “Atlântico”, na costa do estado. A operação, cujo objetivo é imprimir agilidade na transferência de donativos para as vítimas das enchentes, também marca os 200 anos de relações diplomáticas entre os dois países.
Em alto-mar, o NAM “Atlântico”, posicionado a cerca de 500 metros de distância do Porta-Aviões americano, recebeu as doações içadas por helicópteros brasileiros e norte-americanos. Essa operação militar de transferência de carga externa entre navios, utilizando aeronaves, é denominada VERTREP (Vertical Replenishment).
Após receber toda a carga trazida pelos norte-americanos, o Navio brasileiro atracará novamente em Rio Grande (RS) para desembarcar todo o material e encaminhar à Defesa Civil. As doações, que foram trazidas até o litoral Sul pelos americanos, foram arrecadadas e armazenadas pela MB e transportadas pelo Centro de Distribuição e Operações Aduaneiras da Marinha (CDAM), incluindo água mineral, alimentos não perecíveis, ração e material de higiene e limpeza.
Diante do cenário de calamidade pública que assola o Rio Grande do Sul, a Marinha dos EUA se ofereceu para somar esforços na onda solidária em apoio às famílias afetadas pelas chuvas, por meio do incremento de treinamento entre as Marinhas. Para o Comandante da 1ª Divisão da Esquadra, Contra-Almirante Nelson de Oliveira Leite, esse tipo de operação feita com outra Força mostra a interoperabilidade necessária e desejável que temos que ter com as Marinhas amigas.
“Hoje, foi mostrada, mais uma vez, a importância de sempre aproveitarmos a oportunidade de operar com outras Marinhas, pois em uma situação real como essa, estamos prontos para atuar”. Além disso, essa ação demonstra que a presença do NAM “Atlântico” no porto de Rio Grande não se resumiu a uma atividade de transporte ou de atendimentos à população da região. Podemos explorar a principal capacidade do navio, que é a sua mobilidade. Assim, podemos sair do porto, ir ao mar, encontrar com outro navio, fazer essa transferência de carga e retornar para fazer o desembarque”, explica.
Operação “Taquari 2”
Desde o dia 30 de abril, militares da Marinha atuam nas cidades gaúchas atingidas pelas chuvas. A Força já empregou mais de 2.000 militares, 11 helicópteros, 9 navios, 73 embarcações e 215 viaturas para prestar auxílio à população gaúcha, além do transporte de mais de 400 toneladas de donativos e 130 mil litros de água engarrafada.
Um Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais em Apoio à Defesa Civil também foi enviado ao Rio Grande do Sul, onde está atuando no resgate de pessoas, transporte de material, desobstrução de vias, recuperação de estruturas, no apoio às forças locais de Segurança Pública e no fornecimento de água potável, com o uso de duas estações móveis de tratamento de água que somam a capacidade de 20 mil litros por hora.
Um Hospital de Campanha com 40 leitos foi montado na cidade de Guaíba e o NAM "Atlântico" tem empregado sua equipe de saúde no atendimento à população de municípios ao sul da Lagoa dos Patos.
Diante do cenário de calamidade pública que assola o Rio Grande do Sul, a Marinha dos EUA se ofereceu para somar esforços na onda solidária em apoio às famílias afetadas pelas chuvas, por meio do incremento de treinamento entre as Marinhas. Para o Comandante da 1ª Divisão da Esquadra, Contra-Almirante Nelson de Oliveira Leite, esse tipo de operação feita com outra Força mostra a interoperabilidade necessária e desejável que temos que ter com as Marinhas amigas.
“Hoje, foi mostrada, mais uma vez, a importância de sempre aproveitarmos a oportunidade de operar com outras Marinhas, pois em uma situação real como essa, estamos prontos para atuar”. Além disso, essa ação demonstra que a presença do NAM “Atlântico” no porto de Rio Grande não se resumiu a uma atividade de transporte ou de atendimentos à população da região. Podemos explorar a principal capacidade do navio, que é a sua mobilidade. Assim, podemos sair do porto, ir ao mar, encontrar com outro navio, fazer essa transferência de carga e retornar para fazer o desembarque”, explica.