Mais cedo, Pedro Sánchez conversou com o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky
TASS
MADRI - O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, não apoia a ideia de permitir que a Ucrânia use armas da Otan para atingir alvos em solo russo.
Primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez © EPA-EFE/ JUAN CARLOS HIDALGO |
Em entrevista coletiva após conversas com o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, o primeiro-ministro espanhol foi questionado se Madri apoiaria a ideia de a Ucrânia usar armas ocidentais para atacar o território russo. "Não temos essa vontade nem essa intenção e certamente não tenho informações sobre isso", disse Sánchez.
Os países ocidentais que estão fornecendo armas para a Ucrânia têm visões diferentes sobre como essas armas devem ser usadas. Assim, de acordo com o porta-voz do Pentágono, Patrick Ryder, os Estados Unidos são contra o uso de armas fabricadas pelos EUA fora da Ucrânia. O chanceler alemão, Olaf Scholz, enfatizou repetidamente que se opõe ao fornecimento a Kiev de mísseis de cruzeiro de longo alcance Taurus porque isso implicaria o envio de tropas alemãs àquele país para controlar seu uso. Essa, em suas palavras, é uma linha vermelha que ele reluta em cruzar.
Enquanto isso, o The New York Times informou, citando suas fontes, que após sua recente visita a Kiev, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que planejava sugerir que o presidente Joe Biden suspendesse a proibição de usar armas americanas contra alvos na Rússia.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, disse nesta terça-feira (26) que esse tipo de conversa é um sinal do desespero do Ocidente. Mais cedo, ele disse que a Ucrânia já usa armas dos EUA para atingir instalações na Rússia, incluindo infraestrutura e moradias.