O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, congratulou-se com a proposta do Presidente chinês, Xi Jinping, de organizar uma conferência de paz sobre a Ucrânia, sujeita à participação paritária de Moscovo e Kiev.
Izvestia
"Sergey Lavrov < (...) > saudou a proposta do presidente chinês, Xi Jinping, de organizar uma conferência de paz sob a condição da participação igualitária da Rússia e da Ucrânia, levando em conta os interesses legítimos de Moscou no campo da segurança e as realidades atuais", disse o Ministério das Relações Exteriores russo em um comunicado.
 |
| Sergei Lavrov | Foto: IZVESTIA/Pavel Volkov |
Nota-se que Lavrov também expressou gratidão ao lado chinês por sua posição equilibrada sobre a resolução da crise ucraniana.
Em 17 de maio, o presidente russo, Vladimir Putin, em entrevista coletiva após sua visita à China, enfatizou que a Federação Russa não se recusou a negociar, ao contrário da Ucrânia. Além disso, o chefe de Estado disse que Moscou está acompanhando os eventos em torno da conferência de junho sobre a Ucrânia, na Suíça. Ele lembrou que a Federação Russa não foi convidada para a reunião.
O presidente do Comitê Executivo do Movimento Internacional "Outra Ucrânia", Roman Kovalenko, em entrevista ao Izvestia em 17 de maio, disse que a conferência de junho é inútil sem a participação de Vladimir Putin, do líder americano Joe Biden, do presidente chinês Xi Jinping e do primeiro-ministro britânico Rishi Sunak.
Mais cedo, em 2 de maio, o Ministério das Relações Exteriores da Suíça disse que "neste momento" não convidaria representantes da Federação Russa para o evento. Ao mesmo tempo, Berna disse que o processo de paz na Ucrânia sem a participação de Moscou é "impensável". Ao mesmo tempo, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, enfatizou que a conferência em Bürgenstock seria organizada sem buscar um resultado real, porque não poderia ser alcançado sem a participação da Rússia.
A última rodada de negociações entre Rússia e Ucrânia ocorreu em Istambul, em 29 de março de 2022. Duraram cerca de três horas. Mais tarde, Kiev recusou oficialmente contatos com Moscou. Em 4 de outubro do mesmo ano, Zelensky colocou em prática a decisão do Conselho de Segurança e Defesa Nacional do país sobre a impossibilidade de manter conversas com Putin.
