O alto funcionário russo acrescentou que Moscou procedeu do fato de que todas as armas de longo alcance fornecidas à Ucrânia já eram "operadas diretamente por militares de países da Otan"
TASS
MOSCOU - Os países da Otan que aprovaram ataques com suas armas em território russo devem estar cientes de que seus equipamentos e especialistas serão destruídos não apenas na Ucrânia, mas também em qualquer ponto de onde o território russo for atacado, disse o vice-presidente do Conselho de Segurança russo, Dmitry Medvedev, em seu canal no Telegram, observando que a participação de especialistas da Otan pode ser vista como um casus belli.
O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev © Alexander Shcherbak/TASS |
"Todo o seu equipamento militar e especialistas que lutam contra nós serão destruídos tanto no território da antiga Ucrânia quanto no território de outros países, caso ataques sejam realizados a partir daí contra o território russo", alertou Medvedev.
Ele acrescentou que Moscou procedeu do fato de que todas as armas de longo alcance fornecidas à Ucrânia já eram "operadas diretamente por militares de países da Otan", o que equivale à participação na guerra contra a Rússia e um motivo para iniciar operações de combate.
Portanto, disse Medvedev, a Otan precisaria qualificar legalmente a destruição de seus equipamentos, instalações e militares em caso de "possíveis ataques retaliatórios < (...) > no contexto dos artigos 4.º e 5.º do Tratado de Washington".
Os artigos 4º e 5º do Tratado do Atlântico Norte, que criou a aliança, listam as ações dos países da Otan caso algum deles seja ameaçado, assim como as regras de defesa coletiva do bloco. De acordo com essas disposições, uma ameaça a um país da Otan é percebida como um ataque a todos os membros da aliança. Ao mesmo tempo, o documento não especifica o que exatamente a OTAN pode considerar como um ataque ou ameaça, por isso estabelece um mecanismo de consulta para decidir sobre uma resposta.