Dois bombardeiros russos Tu-95MS com mísseis estratégicos realizaram no dia 2 de maio um voo programado sobre as águas neutras do Mar de Bering, perto da costa oeste do Alasca, escoltados por caças F-16C da Força Aérea dos EUA com pintura “aggressor” em algumas etapas da rota.
Por Fernando Valduga | Cavok
“Dois bombardeiros transportadores de mísseis estratégicos Tu-95MS da aviação de longo alcance das Forças Aeroespaciais Russas realizaram um voo programado no espaço aéreo sobre as águas neutras do Mar de Bering, perto da costa oeste do Alasca. O voo durou mais de 11 horas. As tripulações das aeronaves Su-30SM e Su-35S das Forças Aeroespaciais forneceram apoio aos caças”, afirmou o Ministério da Defesa da Rússia na sexta-feira.
Como acrescentou o ministério, “em algumas etapas da rota, os bombardeiros transportadores de mísseis estratégicos foram escoltados por caças de países estrangeiros”, no caso os F-16C do 18º Esquadrão de Caças Interceptadores da Base Aérea de Eielson.
As tripulações das aeronaves de longo alcance da Rússia realizam com frequência voos regulares sobre as águas neutras do Ártico, do Atlântico Norte, dos mares Negro e Báltico e também do Oceano Pacífico, disse o ministério russo.
“As aeronaves das Forças Aeroespaciais da Rússia realizam todos os voos em estrita conformidade com as regras internacionais de utilização do espaço aéreo, sublinhou.
Em um dos momentos, um Su-35S perseguiu um F-16 da USAF, conforme imagem divulgada pela agência RIA Novosti.
O Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD) informou no mesmo dia que detectou e rastreou as quatro aeronaves militares russas (dois Tu-95MS, um Su-30SM e um Su-35S) operando na Zona de Identificação de Defesa Aérea do Alasca (ADIZ).
De acordo com o NORAD, as aeronaves russas permaneceram no espaço aéreo internacional e não entraram no espaço aéreo soberano americano ou canadense. Esta atividade russa na ADIZ do Alasca ocorre regularmente e não é vista como uma ameaça.
Uma ADIZ começa onde termina o espaço aéreo soberano e é um trecho definido do espaço aéreo internacional que requer a pronta identificação de todas as aeronaves no interesse da segurança nacional.
O NORAD emprega uma rede de defesa em camadas de satélites, radares terrestres e aéreos e aeronaves de combate para detectar e rastrear aeronaves e informar ações apropriadas. O NORAD continua pronto para empregar uma série de opções de resposta na defesa da América do Norte.