Zakharova: Conselho de Segurança da ONU deve tomar medidas e evitar escalada no Oriente Médio
Izvestia
O Conselho de Segurança da ONU (CSNU) deve fazer tudo o que for necessário para evitar uma escalada no Oriente Médio, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, em 16 de abril, no ar do programa "Noite com Vladimir Solovyov", do canal de TV "Rússia 1".
Maria Zakharova | Foto: IZVESTIA/Eduard Kornienko |
"Nós realmente partimos da premissa de que a situação não deve ser provocada para uma nova escalada em nenhum caso. E precisamos fazer de tudo para que o Conselho de Segurança da ONU funcione", disse o diplomata.
Segundo ela, o trabalho do Conselho de Segurança da ONU é prejudicado pela posição de vários países, que "não possibilitam o uso de sua base de recursos".
Mais cedo nesta terça-feira, o presidente iraniano, Ebrahim Raisi, observou que foram as ações destrutivas dos Estados Unidos, das Nações Unidas e dos países ocidentais que forçaram o Irã a atacar Israel. Ele acrescentou que o Irã está pronto para reagir de forma ainda mais decisiva, em grande escala e "dolorosamente" a quaisquer ataques contra os interesses de Teerã.
O Irã atacou Israel com drones e mísseis balísticos em 13 de abril. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, também observou que o ataque foi repelido com sucesso.
Mais tarde, soube-se que Israel pretende criar uma coalizão regional contra a ameaça representada pelo Irã. O New York Times informou que, após a conversa do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, Israel mudou de ideia sobre retaliar o Irã. O presidente israelense, Isaac Herzog, disse que o ataque foi uma declaração de guerra.
O ministro iraniano das Relações Exteriores, Hossein Amir-Abdollahian, disse no mesmo dia que o ataque a Israel era limitado. Ele observou que Teerã não atacou civis e também ameaçou ataques a bases americanas na região se Washington ajudasse Israel.
A situação no Oriente Médio se agravou na manhã de 7 de outubro do ano passado, quando o movimento radical palestino Hamas submeteu o território de Israel a disparos maciços de foguetes a partir da Faixa de Gaza, além de invadir as áreas fronteiriças no sul do país e fazer reféns. No mesmo dia, Israel começou a retaliar alvos na Faixa de Gaza.