Reportagens da imprensa francesa revelam que o tráfico de armas de guerra está em alta na Europa. Na França, essas armas têm sido utilizadas em acertos de contas mortais nos últimos meses.
Por Adriana Moysés | RFI
Em 2023, a França teve 105 tiroteios realizados com armas variadas, como os fuzis M16 e SIG 550, pistolas automáticas Uzi e rifles de assalto do modelo Kalashnikov, mais conhecidos pela sigla AK-47. A cidade de Nîmes, no sul do país, é apontada como uma das mais perigosas na atualidade.
Uma das regiões prioritárias para o combate ao tráfico de armas leves é a região dos Bálcãs. Getty Images/Gary S. Chapman |
Segundo reportagem do canal da televisão pública France 2, um número considerável de armas desse tipo encontradas na França vem da Suíça, país que tem uma legislação mais flexível, onde fabricantes e vendedores são frequentemente vítimas de roubo.
Os autores de um desses furtos foram detidos em Lyon (sudeste). Mas das 300 armas roubadas, apenas sete foram encontradas, segundo o site France Info. O restante agora abastece o mercado paralelo.
Drogas
Essas armas alimentam redes criminosas de tráfico de drogas e outras mercadorias. Uma reportagem do jornal Le Monde mostra que as recentes apreensões de cocaína, maconha, LSD e outras substâncias sintéticas na França ilustram quanto o tráfico continua intenso no país.
Boa parte das drogas são importadas da Espanha, Holanda e Antilhas, para abastecer redes de tráfico estabelecidas no sul, sudeste e na região parisiense. Recentemente, em apenas 15 dias, a polícia francesa apreendeu 8,5 toneladas de cocaína, relata o Le Monde - uma quantidade edificante em curto intervalo de tempo.