De acordo com o portal ucraniano Strana, Kiev enfrenta problemas em aumentar a quantidade de militares; um projeto de nova lei de mobilização deve demorar pelo menos oito meses para ser elaborado.
Sputnik
Militares de Odessa reagiram de forma negativa ao cancelamento da desmobilização na Ucrânia durante uma pesquisa de opinião, revela mídia ucraniana.
Na quinta-feira (11) a Suprema Rada, parlamento ucraniano, aprovou um projeto de lei sobre o reforço da mobilização para o Exército na Ucrânia. O Comitê de Segurança e Defesa Nacional excluiu o parágrafo sobre a desmobilização do texto do documento na véspera de sua apresentação ao parlamento para a segunda leitura. Dmitry Lazutkin, representante do Ministério da Defesa da Ucrânia, disse posteriormente que estava planejado elaborar um projeto de lei separado sobre a desmobilização, o que levaria oito meses.
Jornalistas ucranianos em Odessa questionaram militares, incluindo aqueles que estão em reabilitação na cidade, sobre sua atitude em relação à decisão das autoridades ucranianas de excluir a desmobilização do projeto de lei sobre o endurecimento do alistamento militar.
Nesse caso, "vou sair da unidade sem permissão", disse um deles ao portal ucraniano Strana.
Outro militar das Forças Armadas da Ucrânia disse que os deputados do parlamento deveriam ir para o front em pé de igualdade com eles. Outro acredita que são necessárias mudanças no país e que não é possível combater com os mesmos soldados o tempo todo, tornando necessária a desmobilização.
"Eu atirarei em todos eles. Se não houver desmobilização, ou seja, eu me levanto agora, vou para a guerra, e eles engordam e vão se sentar na Suprema Rada? Isso não deveria acontecer. Quem são eles? Nós somos as autoridades, não eles", opinou outro militar.
"Existe a expressão 'servo do povo'. Não somos nós que devemos servi-los, mas eles que devem nos servir", acrescentou outro.