Acordo está em risco e pode ser anulado
Por Bela Megale | O Globo
A Polícia Federal manifestará em junho sua posição sobre a anulação da delação do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid. A posição a respeito do acordo será colocada no relatório final da investigação que apura a tentativa de golpe de Estado envolvendo o ex-presidente, integrantes de seu governo e militares.
O tenente-coronel Mauro Cid, durante depoimento em CPI do Distrito Federal — Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo/24-08-2023 |
A avaliação de investigadores é que não existem motivos para antecipar a manifestação da PF sobre o acordo de Cid, já que todas as provas seguirão válidas, mesmo se a tratativa for rescindida.
A leitura é que, romper o acordo agora, antes de finalizar as investigações sobre as joias e sobre o golpe de Estado envolvendo Bolsonaro, poderia fazer um “barulho desnecessário” para o andamento dos inquéritos. A PF colocará seu posicionamento sobre a rescisão e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)Alexandre de Moraes é quem dará a palavra final sobre a delação.
O acordo de Cid ficou em risco após o vazamento de áudios do ex-ajudante de ordens revelados pela revista “Veja”. Nas gravações, ele afirmou que foi pressionado pela PF a falar sobre fatos que não teriam acontecido ou dos quais não teria conhecimento. O tenente-coronel também fez ataques a Moraes, afirmando que o ministro ”é a lei” e que “prende, solta, quando ele quiser, como ele quiser”.
Após as gravações virem à tona, Cid prestou um novo depoimento ao STF, no qual voltou atrás das afirmações que fez nos áudios e confirmou o conteúdo da delação. Desde então, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro retornou para a prisão. O acordo do tenente coronel prevê que ele não tenha condenações superiores há dois anos, o que ajudaria a dificultar uma expulsão do Exército. A tratava também blindaria seus familiares investigados. Com a delação em risco, nenhum benefício está garantido.
A leitura é que, romper o acordo agora, antes de finalizar as investigações sobre as joias e sobre o golpe de Estado envolvendo Bolsonaro, poderia fazer um “barulho desnecessário” para o andamento dos inquéritos. A PF colocará seu posicionamento sobre a rescisão e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)Alexandre de Moraes é quem dará a palavra final sobre a delação.
O acordo de Cid ficou em risco após o vazamento de áudios do ex-ajudante de ordens revelados pela revista “Veja”. Nas gravações, ele afirmou que foi pressionado pela PF a falar sobre fatos que não teriam acontecido ou dos quais não teria conhecimento. O tenente-coronel também fez ataques a Moraes, afirmando que o ministro ”é a lei” e que “prende, solta, quando ele quiser, como ele quiser”.
Após as gravações virem à tona, Cid prestou um novo depoimento ao STF, no qual voltou atrás das afirmações que fez nos áudios e confirmou o conteúdo da delação. Desde então, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro retornou para a prisão. O acordo do tenente coronel prevê que ele não tenha condenações superiores há dois anos, o que ajudaria a dificultar uma expulsão do Exército. A tratava também blindaria seus familiares investigados. Com a delação em risco, nenhum benefício está garantido.