Navios da Marinha retornam ao Brasil após seis meses de Operação Antártica (VIDEO) - Notícias Militares

Breaking News

Post Top Ad

Responsive Ads Here

Post Top Ad

Responsive Ads Here

09 abril 2024

Navios da Marinha retornam ao Brasil após seis meses de Operação Antártica (VIDEO)

O Navio de Apoio Oceanográfico “Ary Rongel” e o Navio Polar “Almirante Maximiano” operavam no continente gelado desde outubro de 2023


Por Primeiro-Tenente (RM2-T) Thaís Cerqueira | Agência Marinha de Notícias

Rio de Janeiro, RJ - Na manhã desta terça-feira (9), o Navio de Apoio Oceanográfico “Ary Rongel” e o Navio Polar “Almirante Maximiano” chegaram ao Brasil, após seis meses navegando nos mares que banham o continente austral, durante a 42ª Operação Antártica (OPERANTAR), uma das mais complexas e extensas operações realizadas, anualmente, pela Marinha do Brasil (MB). Os navios atracaram na Base Naval do Rio de Janeiro, em Niterói, que recebeu os amigos e familiares dos tripulantes para o esperado reencontro.


A OPERANTAR atua no suporte logístico a projetos de pesquisa e no lançamento e recolhimento de acampamentos científicos. Além disso, a operação contribuiu para o levantamento hidrográfico do “Plano de Trabalho de Hidrografia 2020-2023”, liderado pela Diretoria de Hidrografia e Navegação da MB.

Um dos momentos de destaque da expedição foi quando o Navio Polar “Almirante Maximiano” cruzou, pela primeira vez, o Círculo Polar Antártico, feito digno de registro, visto que a maioria das expedições não atinge a latitude 66°33’ Sul, devido às condições adversas da região. Esse marco reforça o compromisso da MB em garantir ao País a condição de Membro Consultivo do Tratado da Antártica - assegurando a plena participação do Brasil nos processos decisórios relativos ao futuro do Continente Branco - e na promoção de pesquisas diversificadas, de alta qualidade, com referência a temas antárticos relevantes.

Nesta operação, foram apoiados 23 projetos científicos no âmbito do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR) com 137 pesquisadores contemplados, entre estudiosos de Biologia, Oceanografia, Medicina e outros campos.

Segundo o Secretário da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar, Contra-Almirante Ricardo Jaques Ferreira, a operação também reforça a política externa brasileira. “O regresso dos navios significa o cumprimento de uma missão muito importante para o País. Nossa atuação contribui para a política externa brasileira ao apoiar os programas antárticos de países como a Bulgária, Chile, República Tcheca, Peru e Polônia”, lembra.

Desde outubro de 2023, os dois navios realizaram apoio à pesquisa e abasteceram a Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), que completou, em fevereiro de 2024, 40 anos de existência. Localizada na Ilha Rei George, com temperaturas extremamente baixas e condições climáticas únicas, a região oferece um ambiente ideal para estudos científicos de diversas áreas do conhecimento.

Para o Comandante do Navio de Apoio Oceanográfico “Ary Rongel”, Capitão de Mar e Guerra Marco Aurélio Barros de Almeida, o sentimento é de dever cumprido. “Além de apoiar o PROANTAR, meu outro grande objetivo era levar e trazer a minha tripulação em segurança, e conseguimos com êxito, cumprindo assim, todas as nossas tarefas na Antártica”, ressalta.

Operações Antárticas


A OPERANTAR, que integra o Programa Antártico Brasileiro, é dividida em atividades logísticas e de pesquisa. A organização de materiais, equipamentos e gêneros - necessários ao funcionamento da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF) e para o desenvolvimento dos projetos científicos - envolve diretamente os meios da MB e da Força Aérea Brasileira.

A parte de pesquisa é realizada durante o período de verão da OPERANTAR, entre os meses de outubro a março. Os estudos são desenvolvidos a bordo dos navios da MB, na EACF, no módulo Criosfera 1, em acampamentos isolados e em estações estrangeiras, por meio de acordos de cooperação entre os países.

Participam da OPERANTAR os projetos de pesquisas aprovados e divulgados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Cada grupo de estudo apresenta a proposta de trabalho e as necessidades de apoio para a Operação, por meio de formulários científico, logístico e ambiental, que serão avaliados. Com base nas informações adquiridas, os projetos são distribuídos nas fases de pesquisa, fazendo uso dos meios disponíveis para acessar os locais autorizados, onde ocorre a coleta de amostras e a realização de estudos e experimentos científicos. 

Para saber mais sobre o trabalho da Marinha no gelo, clique aqui.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Post Top Ad

Responsive Ads Here