O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, afirmou nesta quarta-feira (3) que Israel pagará o preço por ter atacado a embaixada iraniana em Damasco, que resultou na morte de sete oficiais do Exército de seu país, dois deles generais.
Sputnik
"Esforços desesperados como o que empreenderam na Síria não os salvarão da derrota. É claro que também serão esbofeteados por essa ação", disse o líder iraniano após o ataque israelense.
Ali Khamenei © AP Photo / Mídia Associada |
"A derrota do regime sionista [israelense] em Gaza continuará, e esse regime está perto do declínio e da dissolução", acrescentou Khamenei, em discurso público em Teerã.
O aiatolá também comentou que espera pelo dia em que "o mundo muçulmano possa celebrar a destruição de Israel".
Durante a noite da última segunda-feira (1º), o Ministério da Defesa sírio relatou um ataque aéreo da Força Aérea israelense contra a seção consular da Embaixada do Irã em Damasco, que matou pelo menos 11 pessoas.
O número de mortos inclui sete oficiais do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês), incluindo o general Mohammad Reza Zahedi, comandante da Força Quds (unidade de elite do IRGC) na Síria e no Líbano, bem como o vice-comandante Mohammad Hadi Hajizadeh.
O Irã sustenta que o ataque foi realizado com aviões F-35 israelenses, que dispararam seis mísseis para destruir o edifício.
O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, advertiu anteriormente que "o regime sionista deve ter em mente que não será capaz de alcançar os seus objetivos com medidas tão desumanas" e que Teerã responderá "na mesma moeda".
A Liga Árabe também condenou o ataque, chamando-o de "uma nova e grave violação por parte de Israel do direito internacional, em particular da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas".