Nesta quinta-feira (4), o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que as relações entre a Rússia e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) estão agora em enfrentamento direto.
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A aliança, que foi criada como instrumento de confronto, continua a mostrar a sua essência e a desempenhar as suas funções que não contribuem para a segurança, mas se transformam em um fator de desestabilização, acrescentou o porta-voz.
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"Na verdade, estas relações caíram agora para o nível de confronto direto. Países da OTAN, a aliança em si, já não é algo que está em constante crescimento, mas já está envolvida no conflito em torno da Ucrânia. A OTAN continua o seu movimento em direção às nossas fronteiras, expandindo sua infraestrutura militar em direção às nossas fronteiras", disse Peskov a repórteres.
As declarações de Peskov acontecem no momento em que a OTAN comemora seu 75º aniversário hoje em uma reunião dos ministros das Relações Exteriores da aliança em Bruxelas.
Na visão do embaixador russo na Bélgica, Aleksandr Tokovinin, a reunião de comemoração desta quinta-feira (4) e a cúpula da aliança que acontecerá em julho nos Estados Unidos "continuarão o curso previamente estabelecido de confronto com a Rússia e de aumento das tensões na Europa".
"Os ministros das Relações Exteriores da OTAN reuniram-se hoje em Bruxelas para celebrar o 75º aniversário da aliança. Esta reunião, tal como outras reuniões semelhantes, dá uma ideia das prioridades que serão fixadas na cúpula do bloco em julho deste ano. Estamos falando da continuação em curso do confronto com a Rússia e o aumento da tensão no continente europeu, consagrado no conceito estratégico da OTAN adotado na cúpula da aliança em Madri em 2022", afirmou Tokovinin.
Tendo declarado a Rússia a ameaça mais significativa e direta à sua segurança, os Estados da aliança estão reforçando a sua presença perto das fronteiras russas e aumentando gastos militares.
"Nada será dito sobre o nível de imprudência do compromisso da OTAN na escalada da crise ucraniana, que está repleta de um deslize para um confronto militar direto entre potências nucleares com consequências catastróficas", afirmou.
Anteriormente, o presidente Vladimir Putin já declarou em diferentes momentos que a Rússia foi enganada pelo Ocidente no rescaldo da Guerra Fria, quando a aliança de Moscou do Pacto de Varsóvia foi dissolvida, mas a OTAN moveu-se para Leste, acolhendo antigos membros do pacto e os três Estados Bálticos que faziam parte da União Soviética.