O Ministério da Saúde de Gaza reportou nesta quarta-feira (24) surtos de meningite e hepatite entre os palestinos deslocados pela violenta varredura norte-sul israelense, reportou a agência de notícias Anadolu.
Monitor do Oriente Médio
Em nota, o ministério — que fornece dados técnicos à Organização Mundial da Saúde (OMS) há anos — reiterou que casos de meningite e hepatite foram registrados devido ao esgoto que se acumula nos campos de refugiados e da falta de saneamento oriunda dos ataques israelenses à infraestrutura civil.
Esgoto acumulado perto de tendas a refugiados em Rafah, no extremo sul de Gaza, em 21 de janeiro de 2024 [Loay Ayyoub/Washington Post via Getty Images] |
Segundo a pasta, a situação “põe em risco uma nova catástrofe sanitária, em particular, entre as crianças”.
O ministério reforçou os apelos a agências das Nações Unidas e organizações humanitária para que intervenham com ações diretas para mitigar a crise.
Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde 7 de outubro, deixando 34.262 mortos e 77.229 feridos, além de dois milhões de desabrigados, até então. Entre as fatalidades, cerca de 14 mil são crianças.
Apesar de uma ordem do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), radicado em Haia, deferida em 26 de janeiro, Israel ainda impõe um cerco militar absoluto a Gaza — sem comida, água, energia elétrica, medicamentos ou combustível.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.