Segundo o secretário-geral da OTAN, vários Estados-membros do bloco militar estão agora demonstrando apoio real, mas acrescentou ser necessário que "transformemos esses compromissos em entregas reais de armas e munições".
Sputnik
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte confirmou na segunda-feira (29) que os membros do bloco não conseguiram cumprir suas promessas de ajuda militar nos últimos meses, mas garantiu que o fluxo de armas e munições agora aumentará.
Em 21 de abril, Jens Stoltenberg reconheceu que a Aliança Atlântica não havia apoiado Kiev suficientemente, e que isso teve consequências no campo de batalha.
Durante conversações com Vladimir Zelensky durante uma visita não anunciada à Ucrânia, Stoltenberg justificou o novo otimismo com o fato de que o Congresso dos EUA aprovou um pacote de ajuda à Ucrânia no valor de mais de US$ 61 bilhões (R$ 315,7 bilhões), que foi rapidamente assinado como lei pelo presidente Joe Biden, e com o anúncio na semana passada por Rishi Sunak, primeiro-ministro britânico, de um compromisso "recorde" com Kiev.
O alto funcionário da Aliança Atlântica também notou que a Alemanha havia concordado em fornecer um novo sistema de defesa antiaérea Patriot para a Ucrânia, e que os Países Baixos reforçaram igualmente sua ajuda a Kiev. Ele disse que esperava que outros "novos compromissos viessem".
"Isso fará a diferença – assim como a falta de apoio fez a diferença", disse ele, em referência às derrotas ucranianas no campo de batalha, apesar de afirmar que os russos pagaram "um preço alto" por tais avanços, e que a Ucrânia ainda pode dar a volta por cima.
"Mas é por isso que é tão urgente que os aliados da OTAN agora realmente façam o que prometemos e que transformemos esses compromissos em entregas reais de armas e munições, e estou confiante de que isso acontecerá agora."
Moscou acredita que as entregas de armas à Ucrânia e o treinamento de seus militares impedem um acordo e envolvem diretamente os países da OTAN no conflito, que "brincam com fogo". Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, notou que qualquer suprimento que contenha armas para a Ucrânia seria um alvo legítimo para o Kremlin.