Exército russo implanta drones pela primeira vez na Ucrânia

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À medida que veículos não tripulados gradualmente conquistavam o campo de batalha, durante o ataque de Berdychi na Ucrânia, o exército russo usou drones de ataque Marker equipados com lançadores de granadas AGS-17 de 40 mm pela primeira vez desde a criação da Região Militar do Norte, conforme relatado pelo Centro Polonês de Estudos do Leste Europeu (OSW).


Army Recognition

O Veículo Terrestre Não Tripulado Russo (UGV) representa uma convergência de robótica de ponta e estratégia militar, destinada a melhorar as tarefas de reconhecimento, logística e combate. Esta iniciativa para integrar sistemas não tripulados no campo de batalha visa reduzir os riscos para o pessoal humano, ao mesmo tempo que aumenta potencialmente a eficácia das operações militares. Aproveitando a inteligência artificial (IA) e a tecnologia robótica, o Marker UGV pode executar tarefas que normalmente exigem intervenção humana, marcando um avanço significativo nas capacidades militares autônomas e semiautônomas.

O marcador pode ser equipado com uma variedade de sistemas de supressão de incêndio, de sistemas antitanque a metralhadoras pesadas, e pode ser montado em rodas ou trilhos (Fonte da imagem: Marker NPO)

Em termos de armamento, o Marker UGV possui versatilidade, com a capacidade de ser equipado com várias armas adaptadas aos requisitos específicos da missão e necessidades operacionais. Normalmente armado com metralhadoras, ele fornece um nível fundamental de poder de fogo adequado para engajar alvos levemente blindados ou infantaria. Além disso, o UGV pode transportar lançadores de granadas, expandindo sua capacidade de fornecer munições versáteis e potentes contra uma variedade de alvos. Os mísseis guiados antitanque (ATGMs) aumentam ainda mais seu arsenal, permitindo que o Marker engaje e neutralize veículos fortemente blindados, incluindo tanques, a distâncias significativas. Além do armamento convencional, o Marker foi projetado para suportar ferramentas de guerra eletrônica (EW), permitindo que ele bloqueie as comunicações inimigas e interrompa os sistemas eletrônicos, proporcionando assim uma vantagem estratégica em cenários de combate modernos.

Pesando quase três toneladas e sem um piloto a bordo, o Marker se assemelha a um tanque em forma, mas é menor em tamanho. Ele pode ser operado remotamente ou de forma autônoma graças a um sistema integrado de inteligência artificial. Desenvolvido em 2018 pela Fundação Russa para Estudos Avançados (FPI) e pela Android Technology, o Marker possui um módulo de suporte rotativo como base, acomodando uma variedade de sistemas de supressão de fogo, de armamento antitanque a metralhadoras pesadas, e pode ser montado em rodas ou trilhos. Testes recentes demonstraram sua capacidade de percorrer até 100 quilômetros em cinco horas, dentro e fora de estrada, com a capacidade adicional de atravessar rios. Com uma torre capaz de girar 540 graus em um segundo, o Marker pode rastrear alvos rapidamente, aprimorado por sua integração com um enxame de drones, reforçando suas capacidades de vigilância e permitindo detectar ameaças distantes.

As ramificações dessa nova forma de guerra têm sido amplamente discutidas por observadores internacionais. David Axe, da Forbes, relatou que, embora dois drones russos tenham sido neutralizados por drones aéreos ucranianos, o impacto deste ataque robótico foi substancial. Samuel Bendett, conselheiro do Centro Americano de Análises Navais (CNA), observou que o espaço aéreo da Ucrânia é fortemente povoado por drones, tornando cada movimento no campo de batalha um alvo potencial para ataques de drones.

Em resposta a essa ameaça crescente, a Ucrânia está avançando em sua produção de drones FPV, capazes de transportar pequenas cargas explosivas com alta precisão. O regime de Kiev pretende produzir até 50.000 desses drones mensalmente, embora o progresso real em direção a esse objetivo ainda não esteja claro.

Já foram registradas "batalhas com drones" na Região Militar do Norte. Por exemplo, perto de Avdeevka. Um vídeo apareceu nas redes sociais: um drone russo (robô logístico) que entregava munição a uma unidade é repentinamente atingido por munições remanescentes (drone kamikaze). Há muitos casos semelhantes.

Paralelamente ao aumento do uso de drones, as medidas defensivas também estão sendo reforçadas. Novos veículos blindados russos agora são rotineiramente equipados com proteção de drones, coloquialmente chamados de "churrascos" devido ao seu design improvisado original. Essas adaptações ressaltam a crescente necessidade de defesas eficazes contra ameaças robóticas aéreas e terrestres.

A batalha perto de Berdychi destaca, portanto, o papel cada vez mais crítico dos drones e outras plataformas robóticas na estratégia militar moderna. Antes utilizadas para tarefas logísticas ou de resgate, essas tecnologias estão agora na vanguarda dos confrontos armados. Drones terrestres como o "Marker" e o "Ironclad" da Ucrânia, que são controlados por redes neurais, significam uma era em que a guerra robótica está se tornando um elemento central das operações militares. Esses desenvolvimentos devem alterar profundamente as táticas militares tradicionais, com o envolvimento humano diminuindo nas operações mais perigosas.

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