Os Estados Unidos, Israel e outros aliados ocidentais estão trabalhando diplomaticamente para evitar que o Tribunal Penal Internacional (TPI), sediado em Haia, emita mandados de prisão contra o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e outros altos funcionários israelenses, por alegações relacionadas à guerra com o Hamas na Faixa de Gaza. Esses mandados também poderiam ser dirigidos a líderes do Hamas. A Casa Branca reiterou recentemente que não apoia a investigação.
Forças de Defesa
As discussões sobre a emissão dos mandados estão nas mãos do procurador-chefe do TPI, Karim Khan. Diplomatas estão tentando convencê-lo a não prosseguir com os mandados, que poderiam ser emitidos em breve. Ainda não está claro quem exatamente seria alvo dos mandados e quais seriam as acusações específicas, mas espera-se que incluam o primeiro-ministro Netanyahu, o ministro da Defesa Yoav Gallant e o chefe do Exército Herzl Halevi.
A possibilidade da emissão desses mandados colocaria autoridades israelenses na mesma categoria de figuras internacionais acusadas de crimes de guerra, como o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o ex-presidente deposto do Sudão, Omar al-Bashir. No entanto, tanto os EUA quanto Israel afirmam que o TPI não tem jurisdição sobre o caso, argumentando que o tribunal deveria não estar envolvido na questão e que a segurança no Oriente Médio deveria ser tratada através de negociações para uma solução de dois Estados.
FONTE: O Globo / The New York Times