Moscou instou anteriormente a comunidade internacional a responder ao recente ataque de drones da Ucrânia à Usina Nuclear de Zaporozhie (ZNPP, na sigla em inglês), que o Ministério das Relações Exteriores russo denunciou como "um ato de terrorismo nuclear por parte do regime de Kiev".
Sputnik
A agência nuclear russa Rosatom condenou o ataque "sem precedentes" de drones de Kiev à ZNPP, que deixou feridos pelo menos três funcionários da instalação.
A Rosatom apelou à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) para responder e condenar imediatamente as ações da Ucrânia.
"Não há o menor sentido militar em ataques semelhantes, dado que a instalação não está funcionando agora", disse Aleksandr Uvarov, especialista em energia nuclear e chefe do ANO Atominfo Center, em entrevista à Sputnik.
"Os reatores nucleares da usina não estão funcionando e não estão produzindo eletricidade, ou seja, os ataques não podem causar qualquer dano ao sistema de abastecimento de energia das novas regiões [da Rússia]", acrescentou Uvarov.
Ao mesmo tempo, alertou sobre as potenciais repercussões relacionadas à radiação que, segundo ele, poderiam "afetar a todos, incluindo aqueles que vivem nos territórios controlados pelo lado ucraniano".
O especialista explicou, nesse sentido, que uma possível interrupção de um dos reatores da central seria seguida pela "liberação descontrolada de substâncias radioativas na atmosfera" com tudo o que isso implica.
"Não há o menor sentido militar em ataques semelhantes, dado que a instalação não está funcionando agora", disse Aleksandr Uvarov, especialista em energia nuclear e chefe do ANO Atominfo Center, em entrevista à Sputnik.
"Os reatores nucleares da usina não estão funcionando e não estão produzindo eletricidade, ou seja, os ataques não podem causar qualquer dano ao sistema de abastecimento de energia das novas regiões [da Rússia]", acrescentou Uvarov.
Ao mesmo tempo, alertou sobre as potenciais repercussões relacionadas à radiação que, segundo ele, poderiam "afetar a todos, incluindo aqueles que vivem nos territórios controlados pelo lado ucraniano".
O especialista explicou, nesse sentido, que uma possível interrupção de um dos reatores da central seria seguida pela "liberação descontrolada de substâncias radioativas na atmosfera" com tudo o que isso implica.
No que diz respeito ao apelo da Rosatom à AIEA, Uvarov se manteve pessimista quanto à reação relevante da agência.
Quando questionado como a Europa poderia responder ao ataque de drones de Kiev, ele disse que não acredita que tal reação venha a ocorrer e que, na melhor das hipóteses, a AIEA deve emitir uma declaração sobre um ataque de "drones não identificados".
"Para ser honesto, não acredito [que haverá qualquer reação]. Na minha opinião, a Europa não reagirá, tal como não reagiu antes à explosão da barragem [Usina Hidrelétrica] de Kakhovka e assim por diante. Na melhor das hipóteses, a AIEA emitirá uma declaração sobre um ataque de 'drones não identificados'", disse o especialista.
Ele também lamentou que a AIEA esteja restringida pelo fato de "essa organização ser ainda mais técnica do que política".