Pelo menos 300 caminhões entraram no enclave palestino neste domingo (7)
Andrea Shalal e Doina Chiacu | Reuters
A Casa Branca saudou nesta segunda-feira (8) a chegada de mais de 300 caminhões de auxílio humanitário em Gaza no último domingo (7), mas disse que está pressionando Israel para aumentar a quantidade para 350 por dia, enquanto negociações continuam por um acordo para cessar-fogo e pela libertação dos reféns.
Bandeira da ONU em caminhão com ajuda humanitária a caminho de Gazabraheem Abu Mustafa/Reuters (27.nov.23) |
O porta-voz da Casa Branca, John Kirby, disse que o diretor da CIA, William Burns, esteve no Cairo durante o fim de semana para uma séria rodada de negociações pela libertação dos reféns mantidos em Gaza pelo grupo palestino Hamas.
Os Estados Unidos esperam forjar um acordo que incluiria um cessar-fogo de cerca de seis semanas na ofensiva de seis meses de Israel para destruir o Hamas no enclave palestino.
Questionado se havia motivo para otimismo sobre um acordo pelos reféns, Kirby afirmou aos repórteres: “Deveria ser óbvio, apenas pela quantidade de diplomacia que estamos fazendo e que nossos correspondentes estão fazendo, que estamos levando isso muito, muito a sério. E realmente queremos chegar um acordo sobre os reféns o mais rápido possível”.
O Hamas matou 1.200 pessoas em um massacre no sul de Israel em 7 de outubro, segundo as contagens israelenses. Mais de 33.000 palestinos foram mortos na resposta de Israel, disse o Ministério da Saúde de Gaza, governada pelo Hamas, nesta segunda-feira. O Exército de Israel afirma que mais de 600 dos seus soldados foram mortos em combate.
Kirby disse que Washington quer ver um ritmo constante de 300 a 350 caminhões de auxílio humanitário entrando em Gaza todos os dias e proteções melhores a trabalhadores humanitários, após os ataques aéreos de Israel matarem seis funcionários da Cozinha Central Mundial na semana passada.
“Obviamente, precisamos que esse número aumente e precisamos que isso seja sustentado para realmente lidar com a terrível situação humanitária”, afirmou.