Uma base militar dos Estados Unidos em Al Hasaka, no nordeste da Síria, foi alvo de um ataque com drones e foguetes, informou uma fonte à Sputnik neste domingo (21), em meio às tensões crescentes no Oriente Médio.
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"A base americana no aeroporto de Kharab al-Jeer, nos subúrbios de Al Hasaka, nordeste da Síria, foi atacada com drones e quatro foguetes", disse a fonte.
© AP Photo / Baderkhan Ahmad |
A estrutura de ocupação norte- americana fica a cerca de 12 quilômetros da fronteira com o Iraque. Outros meios de comunicação detalharam que os foguetes teriam sido lançados da cidade fronteiriça iraquiana de Zummar.
Até o momento, não há relatos de possíveis vítimas entre o pessoal militar norte-americano ou de danos materiais.
As tropas dos EUA invadiram a Síria em 2014 sob o pretexto de combater o terrorismo. Embora Washington sempre tenha afirmado que o combate ao Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia e em diversos países) era a única razão para atuar na Síria, posteriormente, o país mudou narrativa e passou a alegar que suas tropas estão na região para supostamente "proteger" os campos petrolíferos sírios.
O governo da Síria, que, assim como as Nações Unidas, nunca autorizou a presença norte-americana no país, acusa os Estados Unidos de "roubo descarado de petróleo".
'Não vale a pena dialogar com líderes ocidentais'
O presidente sírio, Bashar al-Assad, disse em uma entrevista transmitida neste domingo (21) que o Ocidente não possui governantes com quem valesse a pena dialogar e que os líderes ocidentais agem como administradores de negócios. A Síria vive um conflito civil há 13 anos impulsionado por interferências desses países.
"Os políticos modernos não pensam estrategicamente. Eles resolvem problemas à sua frente e não mantêm mais a palavra. Qualquer acordo pode ser quebrado no dia seguinte. Posso dizer que não há um único político no Ocidente com quem eu gostaria de falar", afirmou o chefe de Estado sírio ao canal de TV Pervy, da Rússia.