ICAN: Otan violará tratados internacionais ao implantar armas nucleares na Polônia
Izvestia
Os Estados-membros da Aliança do Atlântico Norte violarão o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP) se implantarem tais armas na Polônia. O anúncio foi feito nesta terça-feira (23) pela Campanha Internacional para a Abolição das Armas Nucleares (ICAN, na sigla em inglês).
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| Foto: TASS/EPA/OLIVIER MATTHYS |
A organização lembrou que o documento é o único tratado internacional que proíbe os Estados de implantar armas nucleares de outro país.
"Os membros da Otan afirmam que o compartilhamento de armas nucleares é consistente com suas obrigações sob o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, mas isso claramente viola o espírito, se não o texto deste tratado", disse a ICAN à RIA Novosti.
Na véspera, em 22 de abril, o presidente polonês, Andrzej Duda, disse que o tema da implantação de armas nucleares americanas vem sendo discutido pelas autoridades há algum tempo em negociações com colegas dos Estados Unidos. Ele enfatizou que, se uma decisão for tomada, Varsóvia "simplesmente implementará uma política comum".
Ao comentar isso, o secretário de imprensa do presidente da Rússia, Dmitry Peskov, observou que os militares russos analisarão a situação e também farão de tudo para garantir a segurança.
Mais tarde naquele dia, Duda disse que nenhuma decisão ainda havia sido tomada sobre a implantação de armas nucleares na Polônia. Ele também acrescentou que se reuniu com o primeiro-ministro Donald Tusk para discutir o assunto.
Também naquele dia, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que os países ocidentais estavam se equilibrando perigosamente à beira de um confronto militar direto entre potências nucleares. Segundo ele, hoje os Estados Unidos e seus satélites da Otan ainda estão obcecados com a ideia de infligir uma "derrota estratégica" à Rússia. Além disso, o deputado da Duma Alexei Chepa disse que, no caso do aparecimento de armas nucleares dos EUA no território da Polônia, a Rússia será forçada a tomar medidas de retaliação. O político também acusou Washington e Varsóvia de escalar as tensões na Europa.
