Representante oficial do Ministério das Relações Exteriores chama atenção para o fato de que os terroristas, após cometerem o atentado, "escolheram especificamente a Ucrânia como destino de fuga".
Sputnik
A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, comentou, neste sábado (23), as tentativas do governo dos Estados Unidos de ligar o Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) ao ataque terrorista, realizado na sexta-feira (22), contra o teatro Crocus, nas proximidades de Moscou.
Em uma postagem no Telegram, ela sublinhou que "os terroristas, após cometerem o atentado, escolheram especificamente a Ucrânia como destino de fuga".
"O mais importante é que as autoridades americanas não se esqueçam de como a sua informação e ambiente político ligaram os terroristas que atiraram nas pessoas no teatro de Crocus com a organização terrorista [Daesh]", sublinhou Zakharova.
"O mais importante é que as autoridades americanas não se esqueçam de como a sua informação e ambiente político ligaram os terroristas que atiraram nas pessoas no teatro de Crocus com a organização terrorista [Daesh]", sublinhou Zakharova.
Na postagem, ela classificou os autores do ataque como "bastardos assassinos", e disse que eles planejavam fugir para a Ucrânia, "o mesmo país que, de mãos dadas com os regimes liberais ocidentais, tem vindo a se tornar um centro de propagação do terrorismo no país há dez anos."
Na sexta-feira (22), homens armados vestidos com roupas camufladas abriram fogo contra civis que estavam no teatro Crocus para assistir a um show da banda Picnik. O ataque com arma de fogo foi seguido de um incêndio que, segundo o Ministério de Emergências, afetou uma área de quase 13 mil metros quadrados.
Posteriormente, o governo americano afirmou que o ataque foi perpetrado pelo Daesh. Ademais, na noite de sexta-feira, a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca confirmou que os EUA receberam, neste mês, dados sobre a preparação de um ataque terrorista em Moscou, presumivelmente em locais lotados, e os compartilharam com a Rússia.
Uma fonte dos serviços de inteligência russos confirmou que as informações dos EUA sobre a preparação de ataques terroristas em Moscou foram realmente recebidas, mas que eram de natureza geral, sem quaisquer detalhes específicos.