Três observadores da Organização das Nações Unidas e um tradutor ficaram feridos neste sábado quando um projétil explodiu perto deles enquanto realizavam uma patrulha a pé no sul do Líbano, informou a missão de paz da ONU, acrescentando que ainda estava investigando a origem da explosão.
Reuters
BEIRUTE - A missão da ONU, conhecida como Uinifil, bem como os observadores técnicos desarmados, conhecidos como Untso, estão posicionados no sul do Líbano para monitorar as hostilidades ao longo da linha de demarcação entre o Líbano e Israel, conhecida como Linha Azul.
O grupo armado libanês Hezbollah tem trocado tiros com os militares israelenses através da Linha Azul desde outubro, paralelamente à guerra em Gaza.
A Unifil disse em um comunicado no sábado que o ataque às forças de paz é "inaceitável" e que a equipe ferida foi levada para tratamento.
Duas fontes de segurança haviam dito anteriormente à Reuters que os observadores foram feridos em um ataque israelense nas cercanias da cidade fronteiriça de Rmeish.
O exército israelense negou envolvimento no incidente. "Ao contrário dos relatos, as IDF não atacaram um veículo da Unifil na área de Rmeish esta manhã", disseram os militares em um comunicado.
O primeiro-ministro interino do Líbano, Najib Mikati, conversou com o comandante da Unifil, Aroldo Lozaro, condenando o "ataque" no sul do Líbano, de acordo com um comunicado do gabinete de Mikati.
O prefeito de Rmeish, Milad Alam, disse à Reuters que conversou com o tradutor libanês e confirmou que sua condição era estável.
"De Rmeish, ouvimos uma explosão e depois vimos um carro da Unifil passando. Os observadores estrangeiros foram levados para hospitais em Tyre e Beirute de helicóptero e de carro", disse Milad, sem fornecer detalhes sobre sua condição.
Um dos observadores era um cidadão norueguês, que ficou levemente ferido, segundo informou o Ministério da Defesa do país nórdico à Reuters. A Agência Nacional de Notícias do Líbano disse que os outros dois observadores feridos eram um chileno e um australiano.
O bombardeio israelense no Líbano matou cerca de 270 combatentes do Hezbollah, mas também cerca de 50 civis - incluindo crianças, médicos e jornalistas - e atingiu tanto a Unifil quanto o exército libanês.
Reportagem de Maya Gebeily em Beirute e Maayan Lubell em Jerusalém; Reportagem adicional de Gwladys Fouche