A embarcação, batizada pela primeira-dama Janja da Silva, é o 5º submarino da frota brasileira e o 3º construído totalmente no Brasil. Projeto faz parte de uma parceria entre o Brasil e França firmada em 2008, com orçamento de R$ 40 bilhões.
Por g1 Rio
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente francês, Emmanuel Macron, participaram nesta quarta-feira (27) da cerimônia de batismo e lançamento ao mar do submarino Tonelero (S42), em Itaguaí, no Rio de Janeiro.
Janja batiza o Tonelero — Foto: Reprodução/TV Globo |
Como é tradição na Marinha do Brasil, o Tonelero foi batizado pela primeira-dama Janja Lula da Silva. “Eu batizo o submarino Tonelero. Que Deus abençoe este submarino e todos os marinheiros que nele navegarem”, disse Janja.
O submarino ainda passará por testes para avaliar os sistemas de combate e navegação, além de sua estabilidade no mar.
A embarcação faz parte do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), uma parceria entre o Brasil e França firmada em 2008, com orçamento de aproximadamente R$ 40 bilhões.
O Tonelero é o 3º submarino convencional com propulsão diesel-elétrico construído totalmente no Brasil, através do Prosub. O programa de transferência de tecnologia entre os países pretende entregar 5 submarinos, sendo 4 convencionais e 1 nuclear, até 2033.
Atualmente, 2 submarinos desenvolvidos pelo Prosub já estão em operação: Humaitá e Riachuelo. O programa contempla ainda a construção do S-BR Angostura (S43) e do Submarino Convencionalmente Armado com Propulsão Nuclear (SCPN) Álvaro Alberto.
Macron: ‘vitória do Brasil’
“Há 16 anos, este lugar de Itaguaí era apenas florestas e pântanos. Hoje é um dos estaleiros de construção de submarinos mais modernos do mundo. Tonelero vai ser sinônimo de uma vitória brasileira, mais industrial, mas sem dúvida uma vitória”, disse Macron.
“A França acreditou nessa aventura ao lado de vocês, com todas as suas competências. Nós conseguimos construir. Hoje, posso dizer que vocês tinham razão em acreditar, e nós tínhamos razão em apoiar vocês”, continuou.
“Essa parceria representa uma transferência inigualável de tecnologias. Jamais compartilhamos tanto o nosso know-how como com o Brasil”, destacou.
Raio-X do submarino
O submarino Tonelero faz parte do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), uma parceria entre o Brasil e França firmada em 2008. — Foto: Arte g1 |
Com 71,62 metros de comprimento, 6,2 m de diâmetro e 15 m de altura, o Tonelero é o 5º submarino da frota brasileira e o 3º com propulsão diesel-elétrica construído totalmente no Brasil.
O S42 tem capacidade de deslocamento de 1.870 toneladas e pode ficar em operação por até 70 dias. O submarino foi construído para superar a profundidade de 250 metros e atingir uma velocidade máxima de 37 km/h.
Em seu interior, o Tonelero pode transportar até 35 pessoas. Sua tripulação atual conta com 27 praças e 8 oficiais da Marinha. O submarino conta com duas escotilhas e é dividido em 17 compartimentos principais.
O novo equipamento das Forças Armadas do Brasil será equipado com 6 turbos de armas capazes de lançar torpedos, mísseis antinavio e minas. O Sistema de Combate do submarino tem ainda sensores acústicos, eletro-ópticos e óticos, além de equipamentos de guerra eletrônica.
Atualmente, o Brasil conta com 4 submarinos em operação: O Tupi, construído na Alemanha; o Tikuna, construído no Brasil, ambos do modelo IKL-209 de 1.400 toneladas; e os submarinos Riachuelo e Humaitá, os primeiros do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) da Marinha do Brasil (MB), construídos no Brasil.
O Riachuelo foi entregue em setembro de 2022 e o Humaitá em janeiro de 2024.
Todos os submarinos desenvolvidos pelo Prosub são batizados com nomes de batalhas vencidas pela Marinha no século 19.
O nome Tonelero faz menção à principal ação naval da Marinha Imperial brasileira na Guerra do Prata (1851-1852), também conhecida como Guerra contra Oribe e Rosas.
A "Passagem de Tonelero" foi uma manobra em que os navios brasileiros transpuseram, sob ataque do Exército argentino, o Passo de Tonelero, uma região às margens do rio Paraná, em território argentino.
O submarino Humaitá homenageia a passagem da Esquadra brasileira pelo complexo fortificado de Humaitá no Rio Paraguai, durante a Guerra do Paraguai.
Já o submarino Riachuelo, primeiro a ser lançado com recursos do Prosub, homenageia a vitória brasileira na batalha do Riachuelo, na Guerra do Paraguai (1864-1870) entre Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.
O S42 tem capacidade de deslocamento de 1.870 toneladas e pode ficar em operação por até 70 dias. O submarino foi construído para superar a profundidade de 250 metros e atingir uma velocidade máxima de 37 km/h.
Em seu interior, o Tonelero pode transportar até 35 pessoas. Sua tripulação atual conta com 27 praças e 8 oficiais da Marinha. O submarino conta com duas escotilhas e é dividido em 17 compartimentos principais.
Mísseis e torpedos
O novo equipamento das Forças Armadas do Brasil será equipado com 6 turbos de armas capazes de lançar torpedos, mísseis antinavio e minas. O Sistema de Combate do submarino tem ainda sensores acústicos, eletro-ópticos e óticos, além de equipamentos de guerra eletrônica.
Atualmente, o Brasil conta com 4 submarinos em operação: O Tupi, construído na Alemanha; o Tikuna, construído no Brasil, ambos do modelo IKL-209 de 1.400 toneladas; e os submarinos Riachuelo e Humaitá, os primeiros do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) da Marinha do Brasil (MB), construídos no Brasil.
O Riachuelo foi entregue em setembro de 2022 e o Humaitá em janeiro de 2024.
Significado dos nomes
Todos os submarinos desenvolvidos pelo Prosub são batizados com nomes de batalhas vencidas pela Marinha no século 19.
O nome Tonelero faz menção à principal ação naval da Marinha Imperial brasileira na Guerra do Prata (1851-1852), também conhecida como Guerra contra Oribe e Rosas.
A "Passagem de Tonelero" foi uma manobra em que os navios brasileiros transpuseram, sob ataque do Exército argentino, o Passo de Tonelero, uma região às margens do rio Paraná, em território argentino.
O submarino Humaitá homenageia a passagem da Esquadra brasileira pelo complexo fortificado de Humaitá no Rio Paraguai, durante a Guerra do Paraguai.
Já o submarino Riachuelo, primeiro a ser lançado com recursos do Prosub, homenageia a vitória brasileira na batalha do Riachuelo, na Guerra do Paraguai (1864-1870) entre Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.