A rede de cafeterias Starbucks demitiu mais de dois mil funcionários em países do Oriente Médio e Norte da África devido à campanha de boicote de ativistas pró-Palestina contra o apoio da marca ao genocídio israelense em Gaza.
Monitor do Oriente Médio
O Grupo Al-Shaya, que administra a franquia na região, sediado no Kuwait, emitiu uma nota confirmando a demissão em massa.
Starbucks [Wikimedia] |
“Como resultado das condições desafiadoras de comércio nos últimos seis meses, tivemos de tomar a triste e difícil decisão de reduzir o número de colegas em nossas lojas da região”, declarou o comunicado.
A empresa se recusou a dar o número exato de contratos revogados, mas estima-se dois mil trabalhadores, segundo a agência Reuters.
Mercados na Europa e em países árabes e islâmicos veem um pico na campanha de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) nos últimos cinco meses, contra produtos israelenses e empresas parceiras, que investem em assentamentos ilegais na Cisjordânia ou encaminham recursos ao exército ocupante.
Todos os assentamentos israelenses nos territórios ocupados são ilegais sob a lei internacional.
Israel mantém ataques a Gaza desde 7 de outubro, deixando 30 mil mortos, 70 mil feridos e dois milhões de desabrigados. As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.