Após a entrada do protocolo de adesão da Suécia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) entrar em vigor nesta quinta-feira (7), com a inclusão do país europeu, a aliança militar encabeçada pelos Estados Unidos passa a contar com 32 membros. O avanço do grupo foi um dos motivos que levou à operação militar especial na Ucrânia.
Sputnik
A medida já provocou reações da Rússia, como do senador de Kaliningrado, Aleksandr Shenderyuk-Zhidkov. Em entrevista à Sputnik, o parlamentar ressaltou que o país será obrigado a responder ao avanço da aliança ocidental, que cada vez mais tem ameaçado a estabilidade internacional.
© AP Photo / James Brooks |
"O ingresso da Suécia na OTAN, é claro, não pode deixar de causar preocupação. A Suécia possui uma força militar bastante significativa no continente, e sua neutralidade por muitos anos garantiu um equilíbrio de poder tanto no mar Báltico quanto na Europa como um todo", disse o político.
Com isso, aponta o senador, a Rússia não ficará inerte e "será obrigada a responder ao avanço agressivo da OTAN, reforçando sua presença militar ocidental".
"Nosso país há muitos séculos garante a segurança da navegação no mar Báltico e não permitirá sua militarização unilateral", observou o senador.
Conflito entre Rússia e OTAN
Nas últimas semanas, foram feitas declarações sobre um possível conflito armado direto entre a OTAN e a Rússia, com o envolvimento da aliança nos combates na Ucrânia. Além disso, Moscou tem alertado há anos sobre o aumento da atividade sem precedentes da organização nas fronteiras ocidentais e que isso não será ignorado.
Sob a justificativa de "contenção da agressão russa", o país expressou repetidamente sua preocupação com o aumento das forças da aliança na Europa.
Já o Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirmou que Moscou permanece aberta ao diálogo com a OTAN, mas em termos de igualdade, enquanto o Ocidente deve abandonar a militarização do continente.
O presidente Vladimir Putin, em entrevista ao jornalista americano Tucker Carlson, explicou detalhadamente que Moscou não tem a intenção de atacar os países da OTAN. Putin acrescentou que os países ocidentais começaram a perceber que a derrota estratégica da Rússia no conflito com a Ucrânia é impossível, então eles devem pensar em seus próximos passos, e a Rússia está pronta para o diálogo.