A Rússia não está em uma encruzilhada. Está no caminho estratégico de seu desenvolvimento, declarou o presidente russo Vladimir Putin em entrevista a Dmitry Kiselev, diretor-geral do grupo midiático Rossiya Segodnya, do qual a Sputnik faz parte.
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"A Rússia não está em uma encruzilhada, está em um caminho estratégico de seu desenvolvimento e não vai se afastar de seu caminho", disse ele.
Segundo declarou o líder russo na entrevista, na linha de contato da operação militar especial, a iniciativa passou completamente para as Forças Armadas da Rússia, observando que as tentativas de Kiev de atacar as regiões de Belgorod e Kursk ocorrem devido aos fracassos na linha de frente.
"Agora a iniciativa [na linha de contato] passou completamente para nossas Forças Armadas. Todos sabem disso, todos reconhecem", disse o chefe de Estado, comentando a situação na área da operação militar especial.
"Agora a iniciativa [na linha de contato] passou completamente para nossas Forças Armadas. Todos sabem disso, todos reconhecem", disse o chefe de Estado, comentando a situação na área da operação militar especial.
Como a criação de mísseis Avangard impactou o sistema antimíssil dos EUA?
A criação pela Rússia de mísseis intercontinentais Avangard fez com que basicamente Moscou neutralizasse todos os investimentos dos EUA no sistema de defesa contra mísseis, disse Putin.
"Se você calcular quanto custou a eles, digamos, o sistema de defesa contra mísseis conhecido, e um dos principais componentes de superação do sistema antiaérea da nossa parte – o míssil intercontinental Avangard, o bloco planador de alcance intercontinental – são valores incomparáveis. E nós, de fato, reduzimos a zero tudo o que eles fizeram, tudo o que eles investiram neste sistema de defesa contra mísseis", observou ele.
Segundo Putin, a experiência de criação de mísseis Avangard mostrou como "é preciso agir".
Linhas vermelhas em relação à Rússia
Os países que dizem não ter linhas vermelhas em relação à Rússia devem entender que, dessa forma, a Rússia também não as terá, disse Putin.
"Quanto aos países que dizem que não têm linhas vermelhas em relação à Rússia, então eles devem entender que na Rússia não haverá linhas vermelhas em relação a esses Estados", afirmou o líder russo.
'Fantasias' de generais alemães sobre ataque à Ponte da Crimeia
As especulações dos oficiais alemães de alto escalão sobre possíveis ataques à Ponte da Crimeia visam assustar a Rússia, mas não passam de uma fantasia, observou Putin durante a entrevista.
"Eles fantasiam, se encorajam e eles próprios, em primeiro lugar. Em segundo lugar, eles tentam nos intimidar. Quanto à Alemanha, lá existem problemas constitucionais. Eles falam certo quando dizem que: e se esses [mísseis] Taurus atingirem a parte da Ponte da Crimeia, que, sem dúvida, mesmo em seu entendimento, é território russo - isso é uma violação da Constituição da República Federal da Alemanha", disse o presidente.
No início de março, a editora-chefe do grupo de mídia Rossiya Segodnya, Margarita Simonyan, publicou áudios que comprovam o envolvimento de altos oficiais da Bundeswehr (Forças Armadas da Alemanha) discutindo um ataque à Ponte da Crimeia com mísseis Taurus. A Alemanha, através do seu ministro da Defesa, Boris Pistorius, disse que um participante da chamada militar sobre ataque à Ponte da Crimeia, interceptada pela Rússia, se juntou por engano à ligação através de uma linha não segura.
Muitos países no mundo associam luta da Rússia a suas esperanças de soberania
Muitas pessoas no mundo associam a luta da Rússia por seus interesses às suas próprias esperanças de soberania e desenvolvimento independente, afirmou Putin.
"O importante, a meu ver, é o seguinte. E por que isso está acontecendo? Não é por sermos formalmente membros do BRICS ou termos relações tradicionais com a África. Isso também é importante. Mas a questão, na minha opinião, é completamente diferente. Consiste no fato de que este chamado 'bilhão de ouro', ao longo dos séculos, quinhentos anos, eles têm praticamente parasitado outros povos. Eles dilaceraram as infelizes nações da África, exploraram a América Latina, exploraram os países asiáticos. E, claro, ninguém se esqueceu disso."
Tenho a sensação de que não é nem uma questão das lideranças desses países, embora isso seja muito importante, mas os cidadãos comuns desses países sentem com seus corações o que está acontecendo. Eles associam nossa luta por nossa independência e verdadeira soberania com seus próprios desejos de soberania e desenvolvimento independente. Mas isso é agravado pelo fato de que, nas elites ocidentais, há um forte desejo de congelar a situação existente, uma situação injusta nas relações internacionais. Eles se acostumaram, durante séculos, a encher a barriga com carne humana e os bolsos com dinheiro. Mas eles precisam entender que o baile dos vampiros está acabando", concluiu Putin.