Em Berlim, a palavra de poder do chanceler Olaf Scholz (65, SPD) faz parte do Taurus, como os deputados do parlamento provaram na votação desta quinta-feira no Bundestag. Mas em Bruxelas, as coisas são bem diferentes...
Por Albert Link | Bild
Em duas votações no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, em 29 de fevereiro, os políticos do SPD, e Verdes APOIARAM, segundo a qual a Ucrânia precisa de mísseis de cruzeiro como o Taurus para se defender dos ataques russos. Em outras palavras, um apelo para a entrega da arma de precisão com o longo alcance (até 500 quilômetros) que a Ucrânia está pedindo, mas está mordendo granito com Scholz.
O chanceler alemão, Olaf Scholz (65, SPD), defendeu seu "não" à entrega de mísseis de cruzeiro Taurus à Ucrânia no Bundestag nesta quinta-feira | Foto: Michael Kappeler/dpa |
"Apoio inabalável da UE à Ucrânia"
A votação foi sobre uma resolução sobre a "necessidade de apoio inabalável da UE à Ucrânia", que enfatiza (sob o parágrafo 11) que o país precisa "em particular de sistemas sofisticados de defesa aérea, mísseis de cruzeiro de longo alcance como os sistemas Taurus, Storm Shadow e Scalp, etc., aeronaves de combate modernas, vários tipos de artilharia e munição (...) além de drones e armas para repelir ataques".
Houve um elevado nível de apoio em todos os grupos políticos: 451 votos a favor, 46 contra e 49 abstenções. Entre os votos dissidentes: os políticos do SPD Dietmar Köster, Thomas Rudner e Joachim Schuster.
No entanto, a grande maioria do grupo parlamentar e também os deputados alemães do partido da chanceler votaram a favor da resolução, incluindo a candidata e ex-ministra federal da Justiça Katarina Barley (55).
Verdes unidos pelo ponto de Taurus
O que é claro é que os eurodeputados estavam muito cientes de que o documento menciona a necessidade de Taurus. Isso porque o item 11 também foi votado individualmente antes – e aprovado. Surpreendentemente, Barley se absteve nesta votação, com oito dos 16 deputados do SPD da Alemanha votando não.
Os eurodeputados do e dos Verdes no Parlamento Europeu, por outro lado, votaram por unanimidade sim – em contraste com a quinta-feira no Bundestag, onde a disciplina da coalizão prevaleceu.
O problema para o chanceler é que sua opção de ganhar votos nas eleições europeias do início de junho com o parlamento "não" ao Taurus foi frustrada pelos eurodeputados por enquanto.
"Falar com a língua bifurcada"
Na CDU/CSU, vê-se o comportamento eleitoral dos políticos dos semáforos com sentimentos contraditórios.
Daniel Caspary (47), líder do grupo alemão CDU/CSU no Parlamento Europeu, disse ao BILD: "A votação em Estrasburgo mostra como o governo do semáforo em Berlim está isolado com sua linha. Independentemente do fato de nós, enquanto CDU/CSU, nos congratularmos com o voto dos eurodeputados do SPD, dos Verdes, é um engano dos eleitores representar posições opostas em Bruxelas e Berlim. Isso é falar com uma língua bifurcada."