A Rússia lançou mísseis contra Kiev pela terceira vez em cinco dias e também atingiu outras regiões nesta segunda-feira, enquanto Moscou intensifica seus bombardeios aéreos contra cidades ucranianas, enquanto a linha de frente da guerra permanece praticamente estacionária.
Por Illia Novikov | Associated Press
Nove pessoas ficaram feridas no ataque matinal à capital ucraniana, informou o Serviço de Resgate da Ucrânia. O distrito de Pecherskyi foi o mais atingido. Destroços de mísseis danificaram casas em dois distritos e um ginásio universitário local em outro distrito, disse a Polícia Nacional da Ucrânia.
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A Rússia disparou dois mísseis balísticos contra Kiev a partir da Crimeia ocupada no ataque à luz do dia, mas ambos foram interceptados acima da cidade, disse Serhii Popko, chefe da Administração Militar da Cidade de Kiev.
No final do dia, os meios de comunicação ucranianos relataram pelo menos duas explosões na cidade de Odesa, no sul do país, enquanto os ataques com mísseis russos também atingiram várias outras regiões. Não houve informações imediatas sobre feridos ou danos no local.
Na quinta-feira, a Rússia atacou Kiev pela primeira vez em seis semanas, disparando mais de duas dezenas de mísseis antes do amanhecer. Na sexta-feira, a Rússia desencadeou um ataque maciço contra o setor de energia da Ucrânia, chamando o ataque de retaliação pelos recentes ataques em solo russo.
Dias de intensos bombardeios ucranianos na região fronteiriça russa de Belgorod levaram a Rússia a anunciar planos para evacuar cerca de 9.000 crianças.
O bombardeio de Kiev também ocorreu três dias depois que um ataque a uma casa de shows na Rússia matou mais de 130 pessoas. O presidente russo, Vladimir Putin, tentou vincular o ataque à Ucrânia, embora uma afiliada do grupo Estado Islâmico tenha reivindicado a responsabilidade.
Putin poderia usar o ataque de Moscou para reforçar o apoio à guerra e como pretexto para escalar os ataques à Ucrânia, disseram analistas.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, renovou seu apelo para que os parceiros ocidentais forneçam mais sistemas de defesa aérea para se proteger contra os ataques implacáveis.
"Não nos cansamos de repetir que a Ucrânia precisa de mais defesa aérea", disse. "Isso é segurança para nossas cidades e salva vidas humanas."