O movimento Ansar Allah (houthis) anunciou nesta quarta-feira (13) o teste bem-sucedido de um míssil hipersônico de alta capacidade destrutiva.
Sputnik
Segundo informou à Sputnik uma fonte militar próxima ao movimento, o míssil tem a capacidade de atingir velocidades impressionantes de até Mach 8, o equivalente a 10 mil quilômetros por hora, e opera com combustível sólido.
O movimento Ansar Allah tem planos de integrar esses mísseis ao seu arsenal militar, visando alvos estratégicos nos mares Vermelho e Arábico, bem como no golfo de Áden, além de possíveis alvos em Israel.
As Forças Armadas do Norte do Iêmen também atualizaram seus mísseis e drones, dobrando o poder destrutivo das ogivas, conforme relatou a fonte.
O líder houthi, Abdul Malik al-Houthi, destacou recentemente os esforços do movimento para produzir mísseis hipersônicos, afirmando que essas conquistas colocarão o país em um nível estratégico de importância significativa.
Ele também enfatizou que os recentes ataques com novas armas nos mares Vermelho e Arábico surpreenderam os Estados Unidos e o Reino Unido.
Desde 19 de novembro, quando o movimento Ansar Allah anunciou sua decisão de atacar navios mercantes relacionados a Israel no golfo de Áden e no mar Vermelho, em resposta aos ataques israelenses em Gaza, têm sido vários os navios atingidos por drones, mísseis antinavio e mísseis de cruzeiro dos houthis.
Esses ataques têm levado grandes companhias de navegação a desviar suas rotas, o que naturalmente encarece o transporte.
Apesar do lançamento da Operação Guardião da Prosperidade pelos EUA, em 18 de dezembro, com a participação de mais de 20 países para proteger a segurança nesta área crucial para o comércio internacional, os houthis continuaram suas operações.
Os americanos, em conjunto com o Reino Unido e outros aliados, têm realizado ataques contra alvos do Ansar Allah desde meados de janeiro.
Altos responsáveis do movimento afirmam que a agressão por parte dos EUA e seus aliados não deterá os houthis de atacar navios ligados a Israel enquanto as hostilidades em Gaza persistirem.