O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, associou a crise na Faixa de Gaza sitiada, sob bombardeios massivos de Israel, à cidade de Hiroshima, no Japão, após o ataque nuclear dos Estados Unidos, no fim da Segunda Guerra Mundial.
Monitor do Oriente Médio
Ao comentar a catástrofe de fome em Gaza, Petro observou na rede social X (Twitter): “Quando os Estados Unidos lançaram sua bomba atômica em Hiroshima, mais de 77 mil pessoas morreram. Hoje, em um país muito menor do que o Japão, a Palestina, e em uma cidade menor do que Hiroshima, são 32 mil pessoas mortas pelos bombardeios. A história se repete”.
Ruínas de al-Zahra, na Cidade de Gaza, após ataques de Israel, em 25 de novembro de 2023 [Ashraf Amra/Agência Anadolu] |
Petro acusou as superpotências de subjugar o planeta a sua força militar.
Petro “convidou” os Estados-membros da Organização das Nações Unidas (ONU) a romper laços com Israel caso este desrespeite a resolução do Conselho de Segurança por cessar-fogo imediato em Gaza, até o fim do Ramadã, aprovada nesta segunda-feira (25).
“Se Israel não cumprir a resolução por cessar-fogo, romperemos relações diplomáticas com Israel”, declarou o presidente colombiano.
A resolução — vetada três vezes pelos Estados Unidos nos últimos seis meses — passou com unanimidade dos 15 membros do conselho, salvo abstenção americana. A aprovação da medida, embora insuficiente para conter a crise, sugere mudança de posição da Casa Branca, sob contundente crise interna em plena campanha eleitoral.
Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde 7 de outubro, deixando 32.333 mortos e 74.694 feridos desde 7 de outubro, além de dois milhões de desabrigados.
Apesar de uma ordem do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, de 26 de janeiro, Israel ainda impõe um cerco militar absoluto a Gaza — sem comida, água, medicamentos, energia elétrica ou combustível.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.