A Rússia tem informações sobre o envio de tropas da França à Ucrânia, para a participação do conflito, informou o Serviço de Inteligência Externa (SVR, na sigla em russo).
Sputnik
A França está preparando um contingente para ser enviado à Ucrânia, comunicou o diretor do Serviço de Inteligência Externa (SVR, na sigla em russo) da Rússia.
© AFP 2023 / Ludovic Marin |
"A atual liderança do país não se importa com as mortes de franceses comuns e com as preocupações dos generais. De acordo com os dados que chegam ao SVR russo, já está sendo preparado o contingente a ser enviado à Ucrânia. No estágio inicial, ele será de cerca de duas mil pessoas", disse o gabinete de imprensa do SVR em um comunicado que citou Sergei Naryshkin.
Segundo ele, esses militares se tornarão um alvo prioritário das forças russas.
"Os militares franceses temem que uma unidade militar tão importante não possa ser transferida e aquartelada na Ucrânia sem ser notada. Assim, ela se tornará um alvo legítimo prioritário para os ataques das Forças Armadas russas. Isso significa que ela sofrerá o destino de todos os franceses que já chegaram ao território do Mundo russo com uma espada", disse a declaração.
"[O presidente francês Emmanuel] Macron terá que revelar a verdade inconveniente mais cedo ou mais tarde, mas ele se esforçará para adiar sua 'confissão' o máximo possível. Como diz o Palácio do Eliseu, o número de franceses mortos 'já ultrapassou um limite psicologicamente significativo'", disse o gabinete de imprensa do SVR, citando seu diretor Naryshkin, destacando o reconhecimento de Paris de que as baixas são as maiores desde a Guerra Argelina na segunda metade do século XX.
A divulgação de dados tão sensíveis é capaz de provocar protestos nos cidadãos, especialmente em um cenário de protestos em massa contra o governo por parte dos agricultores em todo o país, acrescentou o SVR.
Naryshkin disse que "a liderança militar teme o descontentamento entre os oficiais de nível médio ativos do Exército francês. Eles são 'desproporcionalmente numerosos' entre os mortos e já estão sendo registrados problemas em encontrar 'voluntários' para fazer o rodízio e 'substituir os que desistiram' no teatro de operações militares ucraniano".