"Além disso, sempre fui claro sobre nossas linhas vermelhas: não estamos lutando contra o povo russo e rejeitamos a lógica da escalada", enfatizou o presidente francês
TASS
PRAGA - A França não planeja enviar suas tropas para a Ucrânia em um futuro próximo, disse o presidente francês, Emmanuel Macron.
O presidente francês, Emmanuel Macron © Ludovic Marin, Piscina via AP |
Quando instado a comentar a resposta internacional às suas declarações durante a conferência da semana passada sobre a Ucrânia em Paris, o líder francês disse: "Respondendo a uma pergunta sobre o envio de tropas, disse que nada está descartado".
"Isso não significa que estamos planejando enviar forças francesas para a Ucrânia em um futuro próximo. Significa que estamos abrindo uma discussão e estamos ponderando sobre tudo o que pode ser feito para apoiar a Ucrânia, em primeiro lugar, o território da Ucrânia", disse Macron em entrevista ao jornal tcheco Pravo.
Segundo o Presidente francês, os participantes na reunião acordaram em cinco áreas de cooperação, nomeadamente cibersegurança, produção conjunta de artigos militares para a Ucrânia, assistência de segurança aos países mais vulneráveis no contexto do conflito na Ucrânia, em primeiro lugar, a Moldávia, apoio à Ucrânia na sua fronteira com a Bielorrússia e cooperação na atividade de desminagem.
"Além disso, sempre fui claro sobre nossas linhas vermelhas: não estamos lutando contra o povo russo e rejeitamos a lógica da escalada", enfatizou.
Após uma conferência sobre a Ucrânia em Paris, em 26 de fevereiro, o presidente francês, Emmanuel Macron, disse que os participantes estudaram enviar tropas terrestres para a Ucrânia. Embora não tenha sido alcançado consenso sobre esse tema, ele deixou a porta aberta para tal cenário no futuro. Após a conferência, a maioria dos condados participantes prometeu que não tem planos de enviar tropas à Ucrânia para lutar contra a Rússia.
O ministro francês das Relações Exteriores, Stephane Sejourne, disse no dia seguinte que a presença de tropas ocidentais na Ucrânia poderia ser necessária para oferecer certos tipos de assistência, por exemplo, em operações de desminagem e treinamento de soldados ucranianos, mas essa presença não previa sua participação no conflito.