Os Estados Unidos aprovaram nesta terça-feira (19) a venda de 50 tanques de combate Abrams M1A2 pelo valor de US$ 2,2 bilhões (cerca de R$ 11 bilhões) ao Bahrein, informou o Departamento de Estado.
France Presse
O pequeno país insular é um aliado de Washington no Oriente Médio, mas foi alvo de um embargo de armas dos Estados Unidos após a repressão às manifestações promovidas por partidos xiitas na esteira da Primavera Árabe em 2011.
Soldados americanos em tanques Abrams participam de exercícios da Otan em Korzeniewo, Polônia, em 4 de março de 2024 © Wojtek Radwanski |
"A venda proposta vai aumentar a capacidade do Bahrein para fazer frente às ameaças atuais e futuras, proporcionando uma força crível que pode dissuadir os adversários e proporcionar a capacidade de participar de operações regionais com os Estados Unidos e outras nações parceiras", destacou o Departamento de Estado em nota.
A pasta assinalou que notificou o Congresso sobre a transação com o Bahrein, país que mantém relações tensas com o vizinho Irã. Os legisladores ainda podem bloquear a venda, mas a maioria dos acordos militares costuma prosperar.
O Bahrein é a sede da Quinta Frota da Marinha americana e está classificado como um de seus principais aliados não pertencentes à Otan, o que lhe confere uma cooperação privilegiada em matéria de defesa com os Estados Unidos.
Único entre os países árabes, o Bahrein participou como membro da coalizão liderada por Estados Unidos e Reino Unido que vem realizando ações contra os rebeldes huthis do Iêmen, aliados do Irã, pelos ataques a navios mercantes em solidariedade, segundo afirmam os rebeldes, aos palestinos no conflito entre Israel e Hamas.
Os tanques Abrams estão entre os mais pesados do mundo e são um pilar do Exército americano, que também os enviou à Ucrânia.