Ex-ajudante de ordens entra em contradição com o que disse em áudios nos quais criticava a Corte e a PF
Gabriela Prado | CNN
Brasília - O tenente-coronel Mauro Cid confirmou, em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (22), o conteúdo dos depoimentos feitos para sua delação.
Cid prestou depoimento ao STF nesta sexta-feira (22)CNN |
Com isso, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) entra em contradição com os áudios revelados pela revista Veja na quinta-feira (21). Neles, ele afirmava que os investigadores o pressionavam para confirmar informações.
Segundo a reportagem, os áudios teriam sido enviados após o último depoimento de Cid para a colaboração, em 11 de março.
Apesar de confirmar o conteúdo da delação, Cid não explicou para quem encaminhou os áudios em que critica o STF e a Polícia Federal (PF).
Depois do depoimento desta sexta, Cid foi preso por obstrução de Justiça. A ordem foi do STF. O militar estava solto desde setembro de 2023, depois de ficar quase quatro meses na prisão.
A residência de Cid foi alvo de mandado de busca e apreensão nesta sexta. A rua da residência dele foi isolada para o cumprimento do mandado.
Cid já está na Polícia do Exército, em Brasília, onde ficará preso.
A defesa de Cid ainda não se pronunciou a respeito do depoimento e da nova prisão do ex-ajudante de Bolsonaro.